OBS.: Também estão na foto nossos filhos: Rafael, Carla e Déborah.
Pedido da homilia do Frei Avelino
Olá Queridos amigos equipistas do Brasil
Neste segundo dia pós Encontro Nacional trazemos para todos vocês as mensagens recebidas hoje e em especial, colocamos a Homilia do Frei Avelino, da Missa do domingo no encerramento do encontro.
Uma boa leitura e reflexão sobre essa importante pregação.
Hoje das 18h30 as 19hs na Rede Vida mais uma reportagem do Encontro Nacional com a entrevista da Irmã Edileuza e a Equipe NS do Silêncio.
Amanhã tem mais das 12h30 no JCTV e das 18h30 às 19hs.
Mensagens recebidas hoje
Estamos ainda digerindo e saboreando os lindos momentos que passamos nesses dias. E relembrando cada momento. Estamos sendo leitores assíduos do blog. Gostaríamos de saber se vocês ainda vão colocar no blog as palestras de “D. Dimas” e a homilia do “Frei Avelino”.
Caso vocês publiquem mais estes dois temas, somaremos aos outros para poder partilhar com os membros da equipe que não puderam estar presentes no Encontro.
Esses momentos vividos em Florianópolis, nos mostram que realmente Ele faz por nós maravilhas.
Maria Inês e Gilberto
Eq. N. Sra. Do Rosário
Sul I - Setor ABC I
São Caetano do Sul -SP
Caso vocês publiquem mais estes dois temas, somaremos aos outros para poder partilhar com os membros da equipe que não puderam estar presentes no Encontro.
Esses momentos vividos em Florianópolis, nos mostram que realmente Ele faz por nós maravilhas.
Maria Inês e Gilberto
Eq. N. Sra. Do Rosário
Sul I - Setor ABC I
São Caetano do Sul -SP
Mais uma mensagem de agradecimento
Foi a primeira vez que participamos de um encontro de tal grandeza e voltamos maravilhados com o que vimos, ouvimos e sentimos. Quanta organização, quanta imaginação, quanta ação do Espírito Santo. Voltamos para Jaú-SP com nossa fé e nossa confiança no carisma das ENS renovados e com muita vontade de comunicar a outros tudo o que vimos e ouvimos.
A todos os que organizaram e trabalharam, os nossos parabéns e os nossos "Deus lhes paguem".
Verônica e José Roberto Polonio
Equipe 11-A, N.Sra. da Amizade
Jaú – SP
Irmãos em Cristo,
Foi a primeira vez que participamos de um encontro de tal grandeza e voltamos maravilhados com o que vimos, ouvimos e sentimos. Quanta organização, quanta imaginação, quanta ação do Espírito Santo. Voltamos para Jaú-SP com nossa fé e nossa confiança no carisma das ENS renovados e com muita vontade de comunicar a outros tudo o que vimos e ouvimos.
A todos os que organizaram e trabalharam, os nossos parabéns e os nossos "Deus lhes paguem".
Verônica e José Roberto Polonio
Equipe 11-A, N.Sra. da Amizade
Jaú – SP
Irmãos em Cristo,
A paz de Cristo.
Sheila e Carlos
ENS da Divina Providência (Equipe 18) - Setor A - Fortaleza – Ceará
Queridos irmãos em Cristo da Equipe de trabalhos e organização do Encontro.
Muito obrigada por tudo, pois o AMOR,a doação,o calor humano exalavam por todos os cantos, como o perfume das flores,num imenso jardim!
Tudo foi muito lindo e muito presente, a preocupação , o amor e o carinho para que tudo saísse a contento, e saiu.
Pequenos deslizes se houveram,com certeza ficarão apagados pela beleza e o amor do encontro.
Viemos extasiados ,em estado de graça , para com esse entusiasmo crescermos cada dia mais na caminhada do crescimento espiritual. Deus operou maravilhas!
Santo é seu nome.
Grande abraço, com carinho
Paraná esteve em casa vendo pelo blog
Janete e Rolando Bibow - Eq.N.Sra.das Graças. 7B Curitiba - Paraná.
QUERIDOS AMIGOS,PREPARAMO-NOS POR BASTANTE TEMPO PARA ESTARMOS PRESENTES NO ENCONTRO. COMO DEUS DISPÕE NOSSA VIDA , A SEU MODO, E PARA O NOSSO BEM, NÃO PUDEMOS ESTAR AÍ. QUIS DEUS QUE VIVÊSSEMOS AS MARAVILHAS EM NOSSA CASA - E COMO APROVEITAMOS, EM QUASE TEMPO REAL, TUDO O QUE AÍ OCORREU! EMOCIONAMO-NOS MUITO, E LOUVAMOS POR FAZER PARTE DESTA SEARA DA IGREJA QUE NOS PERMITE TESTEMUNHAR O REINO PELO NOSSO MATRIMÔNIO. REALMENTE, NOSSO LAR PÔDE DIZER QUE SERVE E SERVIRÁ AO SENHOR!!!E, COM CERTEZA, ELE NOS PERMITIRÁ FIDELIDADE, VIVÊNCIA E A PRESENÇA NOS OUTROS TANTOS ENCONTROS QUE VIRÃO!!! POR TANTAS MARAVILHAS, AMÉM!!!RITA e VLADIMIREQ NOSSA SENHORA DA LUZ - LONDRINA/PR
Janete e Rolando Bibow - Eq.N.Sra.das Graças. 7B Curitiba - Paraná.
QUERIDOS AMIGOS,PREPARAMO-NOS POR BASTANTE TEMPO PARA ESTARMOS PRESENTES NO ENCONTRO. COMO DEUS DISPÕE NOSSA VIDA , A SEU MODO, E PARA O NOSSO BEM, NÃO PUDEMOS ESTAR AÍ. QUIS DEUS QUE VIVÊSSEMOS AS MARAVILHAS EM NOSSA CASA - E COMO APROVEITAMOS, EM QUASE TEMPO REAL, TUDO O QUE AÍ OCORREU! EMOCIONAMO-NOS MUITO, E LOUVAMOS POR FAZER PARTE DESTA SEARA DA IGREJA QUE NOS PERMITE TESTEMUNHAR O REINO PELO NOSSO MATRIMÔNIO. REALMENTE, NOSSO LAR PÔDE DIZER QUE SERVE E SERVIRÁ AO SENHOR!!!E, COM CERTEZA, ELE NOS PERMITIRÁ FIDELIDADE, VIVÊNCIA E A PRESENÇA NOS OUTROS TANTOS ENCONTROS QUE VIRÃO!!! POR TANTAS MARAVILHAS, AMÉM!!!RITA e VLADIMIREQ NOSSA SENHORA DA LUZ - LONDRINA/PR
Irmã Edileuza e a Equipe NS do Silêncio
olá Vanderlei, obrigada pelas noticias.Fizemos uma otima viagem e encontramos logo na chegada um calor de 32 graus.já estamos com saudades de floripa e de todos que conhecemos.Deus o abençoe.
ir. Edileuza
Homilia do Frei Avelino
HOMILIA DO FREI AVELINO - DOMINGO
“CASAIS, IDE E EVANGELIZAI!”
Queridos e amados casais das ENS de todo Brasil! Minha saudação aos que aqui se encontram fisicamente e aos presentes no coração de cada um de nós. Nenhum casal equipista do Brasil está oculto aos nossos olhos neste momento solene da vida do Movimento das ENS. Ninguém se sinta ausente porque em cada um dos presentes estão todos os que não puderam fazer-se presentes. Onde está nosso tesouro aí está nosso coração.
Que belos momentos de convivência, passados juntos nestes dias! Dizemos belos momentos, pois, tudo parece pouco quando o amor é grande. Curto parece o tempo, breves as horas, diante de tudo o que vimos e ouvimos. A felicidade experimentada é tão grande que gostaríamos tornar eternos cada um destes momentos. O clima familiar, a certeza da presença de Jesus Cristo, a experiência de sentir que somos uma família onde todos se amam, torna cada ato aqui vivido, um momento de Céu antecipado.
Mas, na terra tudo é passageiro. Está chegando o momento de despedir-se e voltar cada um para sua casa e sua terra. Quando Pedro, no glorioso dia da Transfiguração, disse a Jesus: “É bom estarmos aqui...”, era chegada a hora de descer da montanha e voltar para o dia a dia da vida.
Quando Jesus estava se preparando para a grande despedida, em seu excesso de amor, não sabendo mais o que dizer e o que dar, ainda encontrou no fundo do seu coração um presente, talvez o maior, a Eucaristia, onde não só estava dando alguma coisa, mas dando-se a si mesmo. Encontrou a forma de estar sempre vivo e ressuscitado no meio do povo.
Vamos partir daqui com o propósito de fazer da nossa vida, “uma eucaristia”, colocando-nos ao serviço da Igreja, no Movimento das ENS. Servir é a forma de permanecer ao lado de todos, pois, formamos um só corpo. Servir é a forma humana de amar.
“Nada acontece por acaso!” Tudo está previsto, tudo está nos esquemas e planos de Deus. As passagens bíblicas deste Domingo parecem escolhidas para esse momento, mas foram presenteadas pelas mãos generosas de Deus, que sempre servem o melhor para seus filhos. Deus sabe das necessidades do mundo de hoje. Deus, “Pai e Mãe”, sabe o que é bom e útil, neste momento que há de marcar a caminhada das ENS no Brasil.
Meus queridos casais! Encontramo-nos diante de uma página evangélica falando da experiência missionária dos Apóstolos. Os discípulos, em sua primeira experiência apostólica como enviados do Mestre, comprovaram o poder e a força da Palavra de Jesus. Voltaram felizes, ao convívio do Mestre, por tudo o que puderam experimentar em seu íntimo e por tudo o que puderam perceber naqueles que os acolheram. A experiência do servir deixa uma marca que nem o tempo e nem a eternidade podem apagar. As palavras rascunham, mas não descrevem uma experiência. A alegria do servir é uma riqueza que pode ser percebida pelos outros, mas não pode ser dada.
Os Apóstolos constataram, que, quando o assunto é Jesus Cristo, Pessoa e Mensagem, o povo acorre em massa para escutar, como um rebanho sedento, buscando água para matar a sede. A pregação dos Apóstolos, apaixonados por Jesus e cheios de um ardoroso zelo pela sua mensagem, fez com que a busca de Jesus crescesse sempre mais. Eram sempre mais numerosos os que procuravam encontrar-se com Jesus.
O contexto desta passagem do Evangelho, fala do martírio de João Batista; e os versículos seguintes, do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.
O sangue derramado por João Batista foi semente que rendeu mais de cem por um. A multiplicação dos pães e peixes é um símbolo da fecundidade da palavra de Deus e da abundância dos frutos da semente que soube morrer. Soube morrer João Batista, entregando a cabeça e soube morrer o menino, entregando os cinco pães e os dois peixes.
Estes homens foram escolhidos e chamados, um por um, para estar junto de Jesus. O chamado encerra uma missão. Jesus sabe que o seu plano se há de concretizar sempre e somente através dos seus escolhidos, chamados e enviados. Ao chamar, Jesus não disse para quê chama, mas disse simplesmente, olhando para cada um: “Segue-me” (Mt 9,9). Mestre, onde moras, disse um dos convidados? Jesus não entregou um cartão e nem pegou a caneta para escrever seu endereço, mas simplesmente respondeu: “Vinde e vede” (Jo 1, 39).
O convite foi para que fossem morar com Ele e vissem com os próprios olhos, quem era, o que fazia e como vivia. Eles deixaram tudo e o seguiram.
O passo primeiro e decisivo para ser discípulo, é estar ao lado do Mestre para escutá-Lo. Primeiro nos tornamos discípulos e depois Apóstolos missionários. É por este caminho que nos quer levar o P. Caffarel. A bagagem do missionário é Jesus Cristo, guardado no cofre do coração e da mente; a cartilha dos conteúdos da pregação é a Palavra de Jesus, não escrita em papel, mas no coração que escuta diretamente dos lábios de Jesus nos momentos de convivência íntima e familiar. A mensagem do missionário de Jesus não é preparada diante do computador, nem diante de livros ou da internet, mas é preparada na escuta amorosa de Jesus. O coração e a mente se abrem para acolher o amor de Deus que se derrama, quando silenciosamente nos prostramos diante dele.
Assim procedia Jesus diante do Pai. Passava longas horas, noites inteiras em diálogo como Pai. “Meu alimento é fazer a vontade do Pai”. Como descobrir a vontade do Pai se não nos colocamos à sua escuta, silenciosamente? Jesus subia ao monte para orar, levantava-se bem cedo e retirava-se num lugar solitário e deserto, para estar a sós com o Pai. Na Bíblia, subir à montanha significa colocar-se mais perto, aos pés de Deus.
Quando Deus queria encontrar-se com Moisés para mostrar-lhe a vontade do Pai, levava-o ao alto da montanha. De lá Moisés voltava trazendo a mensagem da vontade de Deus para o seu povo.
A consciência de ser chamado por Deus é um dos passos mais importantes para tornar-se discípulo. Por que Jesus chama? Será para dar uma tarefa que deve ser cumprida com urgência? Certamente não é esta a finalidade primeira do chamado. Deus chama primeiro para que fiquemos com Ele, para que nos tornemos seus amigos, para fazer-nos sentir que somos amados e para dizer a Ele que o amamos, até podermos dizer com Pedro: “Senhor, Tu sabes que eu Te amo”. O convívio permite que haja uma abertura do coração de ambos os lados. Este é o primeiro e definitivo passo para tornar-se discípulo.
O grave erro que cometemos muitas vezes é ver no chamado uma ordem para executar tarefas, ainda que santas. A execução de tarefas, a missão, vem depois, bem depois e sua eficácia depende da primeira parte do chamado (ser discípulo).
Deus, certamente quis e quer precisar da colaboração humana, da ação dos casais. Mas, mais do que da tua ação, Ele quer o teu coração. Eu sou o importante para Ele e não a minha ação, pois esta é dele, mais do que minha. “Sem mim nada podeis fazer”. “Pela graça de Deus sou o que sou/.../Trabalhei mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo” (1 Cor 15, 10).
Seguindo a trilha do Evangelho de hoje queremos entender e precisamos nos convencer, que Jesus chama, não em atenção às nossas qualidades, pois não precisa delas, mas, para que sejamos discípulos; para que tenhamos a coragem e a determinação de ir e ver onde mora, a coragem e a determinação de sempre, como discípulos, permanecer aos seus pés.
Se os passos do discipulado não forem preenchidos, poderemos até partir em missão, mas, muito brevemente começaremos sentir o cansaço e o peso dos fracassos levar-nos-á ao abandono da missão. A desilusão do servir oriunda de fracassos tem sua explicação: querer ser missionário sem ser discípulo. Dizia Teresa de Jesus: “Quem ama não se cansa e nem cansa”.
O discípulo que conhece o mestre é enviado para revelar primeiro a pessoa e depois sua mensagem de amor. A intimidade com Jesus se aprofunda com o conhecimento; e o conhecimento depende do convívio em que prevalece a dinâmica da escuta e interiorização da palavra. Não é esta a mensagem do Pe, Caffarel com o tema da “oração interior” para fazer de cada Equipe uma Escola de Apóstolos?
Jesus chamou os discípulos para junto de si e depois os enviou com uma missão bem definida:
* Curar os doentes,
* Expulsar os demônios, e
* Anunciar que o Reino de Deus está próximo.
O casal cristão feito discípulo pela Escola de Jesus é enviado, nãos para fazer milagres, mas para curar os enfermos e oferecer o remédio: Jesus Cristo.
O matrimônio é fonte de graça, de vida e de amor. O sacramento do matrimônio é uma fonte pura porque nasce do mesmo Deus. "Deus é amor". O amor do casal contamina-se, quando se afasta da nascente. Portanto, é missão do casal cristão curar o matrimônio que se afastou da fonte do amor.
Que diremos aos casais doentes no amor? Caríssimos casais das ENS! Ofereçam o testemunho de vida matrimonial evangelicamente vivida. Sejam vocês o Evangelho vivo! Para isto nasceram as ENS: Para mostrar que o evangelho também se vive na vida matrimonial. Casal doente no amor é alérgico ao remédio das palavras, mas não é alérgico ao remédio do testemunho.
Mostrar que a trilha do Evangelho é caminho de vida feliz para os casados. Casais das ENS, tornai-vos um evangelho ambulante, uma voz profética corajosa nos areópagos onde o evangelho do matrimônio é contestado, não negando o Evangelho, mas criando um evangelho paralelo próprio. A vossa vida feliz, por ser o que sois, por acreditar e viver a mensagem evangélica, será uma força que há de arrastar multidões. No Evangelho está a força e o poder de Deus (cf Rm 1, 16). O testemunho de tantos casais é a prova. Vós, casais, consagrados pelo “grande sacramento” do amor, semelhante ao de Cristo para com sua Igreja, tornai-vos para os outros, sinais visíveis e eficazes, verdadeiros sacramentos.
Vossa vida, vivida evangelicamente, é um sinal da presença desta graça, um sinal eficaz para tantos que buscam a felicidade experimentada por vocês. Falem com a convicção e com a unção que nasce da força misteriosa do Evangelho feito vida.
Falar de um amor matrimonial que não brota de uma experiência é como escrever no ar em noite escura. A força da palavra está oculta, mas não passiva, na vida de cada um de vocês. O testemunho de uma vida feliz é um remédio infalível e sempre eficaz.
A segunda missão confiada por Jesus: expulsar demônios. No tempo de Jesus havia muitos possessos. Há, hoje, muitos possessos do demônio de verdades distorcidas, semeadas pela mídia comandada pelos falsos profetas, possuídos de falsas idéias sobre o matrimônio, idéias que não tem sua raiz no Evangelho de Jesus Cristo. “Eu sou a Verdade”, disse Jesus; os demônios das falsas idéias sobre a Igreja, seu Corpo Místico, sobre sua doutrina e autoridade.
O casal cristão tem o remédio, mais ainda, o casal cristão é o remédio. Sua simples presença pode expulsar estes demônios disfarçadamente apresentados no palco do mundo. A vida é o melhor argumento, mas nem por isso podemos calar. O calar-se também é um demônio que precisa ser expulso. São do Apóstolo Paula as palavras: “Não temas/.../, continua a falar, não te cales” (At 18,9).
Em terceiro lugar Jesus os enviou para que pregassem que o Reino de Deus está próximo. Este lembrete é um convite à conversão que não pode ser adiada.
O II Encontro Nacional das ENS nos envia a proclamar que o Reino de Deus está próximo. Esta proclamação se faz pela conversão.
João Batista foi enviado para endireitar caminhos e aplainar vales. Em outras palavras, diríamos, para abrir corações. “Abri as portas para Cristo” dizia João Paulo II para que possamos entrar no novo milênio com algum sinal de esperança. O Cristo está aí, às portas, chamando e esperando por mim e por ti.
Não será este II Encontro Nacional um solene badalar dos sinos, chamando para que lhe seja aberta a porta do coração, e assim poder entrar e estar conosco? Quantos matrimônios de portas fechadas para Cristo! È o Senhor da vida batendo a porta, pedindo licença para entrar! Eu sou o Caminho, disse Jesus. “Ninguém chega ao Pai senão por mim”. Converter-se é abrir o coração para que entre Aquele que se fez nosso Caminho.
Quando Pedro terminou o discurso no dia de Pentecostes, muitos, tocados pelas suas palavras, perguntaram: Irmãos, que devemos fazer? (At 2, 37).
Aquele povo entendeu e acolheu a mensagem, colocando-se à disposição para fazer tudo o que eles ensinaram. As palavras tocam quando brotam de um coração movido e transformado pela força do Espírito Santo.
Coração tocado por Deus é coração a caminho da conversão. Casais das ENS, vós sois enviados àqueles que abraçaram a mesma vocação de vocês, mas ainda não experimentaram o sabor do Evangelho, àqueles que ainda não se encontraram com o Senhor. Vós sois chamados a abrir caminhos por onde passardes deixando o rastro da vossa vida.
Jesus se comoveu vendo aquela multidão vinda de todos os lados em busca de Jesus. Certamente ouviram falar dele e a notícia ouvida despertou interesse. Para quem está no escuro, basta qualquer raio de luz para fazer nascer a esperança. A fome de Deus é mais devoradora que a fome de pão. Essa fome faz correr para qualquer lugar onde se vislumbra um sinal de sua presença. Sem saber há uma busca de Deus.
Jesus, com sua sensibilidade humana, convida os discípulos que voltam da breve experiência apostólica, a se retirarem com Ele para descansar e ficar um pouco a sós com eles. Mas as multidões não deixam em paz nem Jesus e nem os Apóstolos. Quando a sede de verdade aperta o coração busca-se incansavelmente e bebe-se qualquer coisa que aparece. Vendo este povo faminto do pão da verdade, Jesus exclamou: Parecem ovelhas sem pastor!
Queridos casais! Vocês são procurados com a mesma ânsia, com a mesma fome espiritual, com a mesma sede daqueles que procuravam Jesus e seus discípulos. Há muitos casais que vos querem conhecer, ouvir e ver. Buscaram o matrimônio para saciar a fome de felicidade, mas não encontraram o que procuravam. Estes precisam escutar de vocês, e, sobretudo, ver em vocês onde encontrar o que buscam com tanto esforço e sem êxito.
Vocês são os enviados, os portadores desta luz. O rebanho sem pastor é cada dia maior. “O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia, o que vos é dito aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados” (Mt 10, 26). Precisamos mostrar o rosto feliz porque é esta a identidade cristã. A lâmpada é para estar no candelabro e brilhar.
Há muitos casais prostrados pelas estradas do mundo porque não há quem lhe ofereça um pedaço de pão da alegria de ser casal cristão.
A fome de vidas exemplares deixa muitos casais prostrados à beira do caminho. Domina a escuridão porque faltam casais convertidos e convencidos. É preciso ser convertido para sentir compaixão da multidão.
Hoje, a Igreja vem prostrar-se diante de vocês, queridos casais das ENS. Que Deus dê entranhas de misericórdia e compaixão e realize o milagre, não mais multiplicando pães e peixes, mas o milagre da multiplicação das ENS verdadeiramente dignas deste nome, fiéis ao ideal inspirado por Deus e concebido pelo Pe Caffarel. Que os casais que desfilam diante de vocês sintam vontade de conhecer o segredo de ser feliz!
Quando os Apóstolos disseram a Jesus: “Está aqui um menino que tem cinco pães e dois peixes, mas o que é isto para tanta gente? Mande a multidão para suas casas”, Jesus disse, “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
O Brasil é grande, a população é numerosa. Somos nós os cinco pães e os dois peixes que nas mãos do Senhor se multiplicam para a todos saciar. Não deixemos de dizer ao Senhor: Senhor, temos cinco pães e dois peixes somente, mas entregamos esta insignificância e a colocamos ao vosso dispor. Ofereça os cinco pães da sua disponibilidade e do seu sim generoso no ordinário da vida. Não esconda os cinco pães das tuas aparentes fraquezas, do teu pouco tempo, das tuas poucas qualidades, da tua pouca cultura e saber. Para Deus, o teu pouco é o único necessário para o grande milagre. Teu pouco é o começo do milagre. Não negue este pouco! Quem criou o mundo, com tudo o que nele existe, do nada, muito mais fará com o pouco que nós colocamos em suas mãos. Aliás, o que oferecemos tem o tamanho, a grandeza e o valor daquele a quem oferecemos. O que damos e fazemos para Deus é de valor infinito como Deus é infinito.
“Casal cristão, ide e evangelizai”. Sede a alegria de Jesus e não a decepção. Cada Equipe seja um Colégio Apostólico, convidado, acima de tudo, para estar com Jesus, mas também destinado para ir, porque há muitas ovelhas que ainda não pertencem ao rebanho do Senhor. É preciso conduzi-las, estas também, para que haja um só rebanho ao redor de um só pastor. Voltem às suas Províncias, Regiões, Setores e Equipes e partilhem o que sentiram e viram neste Encontro. Aceitem o convite de passar um tempo com Jesus, estejam atentos a este convite que Ele vos fará freqüentemente, ainda que os que buscam a felicidade no matrimônio vos procurem e nãos vos deixem em paz.
Ide, evangelizai.
Acolhamos com fé e coragem este pedido do Senhor, neste momento solene.
Nós podemos tornar real o sonho do Senhor: Um só Rebanho. Ele confia em nós. Confiemos nós também nele. Nivelemos as duas confianças, a de Deus para conosco e a nossa para com Deus, e a missão terá o êxito desta confiança. Voltaremos cada dia muito felizes partilhando com todos a alegria de servir, partilhando os milagres que vimos acontecer quando nos colocamos como instrumentos conscientes e responsáveis em suas mãos. A confiança que Ele tem em nós se transforme compromisso acolhido com alegria.
Coragem, queridos casais, Ele vai conosco! Esta é uma promessa Deus. E Deus é fiel. Sejamos testemunhas desta fidelidade para que os casais do Brasil possam testemunhar: Cremos que este é o caminho porque vimos com nossos olhos.
Pe Avelino.
“CASAIS, IDE E EVANGELIZAI!”
Queridos e amados casais das ENS de todo Brasil! Minha saudação aos que aqui se encontram fisicamente e aos presentes no coração de cada um de nós. Nenhum casal equipista do Brasil está oculto aos nossos olhos neste momento solene da vida do Movimento das ENS. Ninguém se sinta ausente porque em cada um dos presentes estão todos os que não puderam fazer-se presentes. Onde está nosso tesouro aí está nosso coração.
Que belos momentos de convivência, passados juntos nestes dias! Dizemos belos momentos, pois, tudo parece pouco quando o amor é grande. Curto parece o tempo, breves as horas, diante de tudo o que vimos e ouvimos. A felicidade experimentada é tão grande que gostaríamos tornar eternos cada um destes momentos. O clima familiar, a certeza da presença de Jesus Cristo, a experiência de sentir que somos uma família onde todos se amam, torna cada ato aqui vivido, um momento de Céu antecipado.
Mas, na terra tudo é passageiro. Está chegando o momento de despedir-se e voltar cada um para sua casa e sua terra. Quando Pedro, no glorioso dia da Transfiguração, disse a Jesus: “É bom estarmos aqui...”, era chegada a hora de descer da montanha e voltar para o dia a dia da vida.
Quando Jesus estava se preparando para a grande despedida, em seu excesso de amor, não sabendo mais o que dizer e o que dar, ainda encontrou no fundo do seu coração um presente, talvez o maior, a Eucaristia, onde não só estava dando alguma coisa, mas dando-se a si mesmo. Encontrou a forma de estar sempre vivo e ressuscitado no meio do povo.
Vamos partir daqui com o propósito de fazer da nossa vida, “uma eucaristia”, colocando-nos ao serviço da Igreja, no Movimento das ENS. Servir é a forma de permanecer ao lado de todos, pois, formamos um só corpo. Servir é a forma humana de amar.
“Nada acontece por acaso!” Tudo está previsto, tudo está nos esquemas e planos de Deus. As passagens bíblicas deste Domingo parecem escolhidas para esse momento, mas foram presenteadas pelas mãos generosas de Deus, que sempre servem o melhor para seus filhos. Deus sabe das necessidades do mundo de hoje. Deus, “Pai e Mãe”, sabe o que é bom e útil, neste momento que há de marcar a caminhada das ENS no Brasil.
Meus queridos casais! Encontramo-nos diante de uma página evangélica falando da experiência missionária dos Apóstolos. Os discípulos, em sua primeira experiência apostólica como enviados do Mestre, comprovaram o poder e a força da Palavra de Jesus. Voltaram felizes, ao convívio do Mestre, por tudo o que puderam experimentar em seu íntimo e por tudo o que puderam perceber naqueles que os acolheram. A experiência do servir deixa uma marca que nem o tempo e nem a eternidade podem apagar. As palavras rascunham, mas não descrevem uma experiência. A alegria do servir é uma riqueza que pode ser percebida pelos outros, mas não pode ser dada.
Os Apóstolos constataram, que, quando o assunto é Jesus Cristo, Pessoa e Mensagem, o povo acorre em massa para escutar, como um rebanho sedento, buscando água para matar a sede. A pregação dos Apóstolos, apaixonados por Jesus e cheios de um ardoroso zelo pela sua mensagem, fez com que a busca de Jesus crescesse sempre mais. Eram sempre mais numerosos os que procuravam encontrar-se com Jesus.
O contexto desta passagem do Evangelho, fala do martírio de João Batista; e os versículos seguintes, do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.
O sangue derramado por João Batista foi semente que rendeu mais de cem por um. A multiplicação dos pães e peixes é um símbolo da fecundidade da palavra de Deus e da abundância dos frutos da semente que soube morrer. Soube morrer João Batista, entregando a cabeça e soube morrer o menino, entregando os cinco pães e os dois peixes.
Estes homens foram escolhidos e chamados, um por um, para estar junto de Jesus. O chamado encerra uma missão. Jesus sabe que o seu plano se há de concretizar sempre e somente através dos seus escolhidos, chamados e enviados. Ao chamar, Jesus não disse para quê chama, mas disse simplesmente, olhando para cada um: “Segue-me” (Mt 9,9). Mestre, onde moras, disse um dos convidados? Jesus não entregou um cartão e nem pegou a caneta para escrever seu endereço, mas simplesmente respondeu: “Vinde e vede” (Jo 1, 39).
O convite foi para que fossem morar com Ele e vissem com os próprios olhos, quem era, o que fazia e como vivia. Eles deixaram tudo e o seguiram.
O passo primeiro e decisivo para ser discípulo, é estar ao lado do Mestre para escutá-Lo. Primeiro nos tornamos discípulos e depois Apóstolos missionários. É por este caminho que nos quer levar o P. Caffarel. A bagagem do missionário é Jesus Cristo, guardado no cofre do coração e da mente; a cartilha dos conteúdos da pregação é a Palavra de Jesus, não escrita em papel, mas no coração que escuta diretamente dos lábios de Jesus nos momentos de convivência íntima e familiar. A mensagem do missionário de Jesus não é preparada diante do computador, nem diante de livros ou da internet, mas é preparada na escuta amorosa de Jesus. O coração e a mente se abrem para acolher o amor de Deus que se derrama, quando silenciosamente nos prostramos diante dele.
Assim procedia Jesus diante do Pai. Passava longas horas, noites inteiras em diálogo como Pai. “Meu alimento é fazer a vontade do Pai”. Como descobrir a vontade do Pai se não nos colocamos à sua escuta, silenciosamente? Jesus subia ao monte para orar, levantava-se bem cedo e retirava-se num lugar solitário e deserto, para estar a sós com o Pai. Na Bíblia, subir à montanha significa colocar-se mais perto, aos pés de Deus.
Quando Deus queria encontrar-se com Moisés para mostrar-lhe a vontade do Pai, levava-o ao alto da montanha. De lá Moisés voltava trazendo a mensagem da vontade de Deus para o seu povo.
A consciência de ser chamado por Deus é um dos passos mais importantes para tornar-se discípulo. Por que Jesus chama? Será para dar uma tarefa que deve ser cumprida com urgência? Certamente não é esta a finalidade primeira do chamado. Deus chama primeiro para que fiquemos com Ele, para que nos tornemos seus amigos, para fazer-nos sentir que somos amados e para dizer a Ele que o amamos, até podermos dizer com Pedro: “Senhor, Tu sabes que eu Te amo”. O convívio permite que haja uma abertura do coração de ambos os lados. Este é o primeiro e definitivo passo para tornar-se discípulo.
O grave erro que cometemos muitas vezes é ver no chamado uma ordem para executar tarefas, ainda que santas. A execução de tarefas, a missão, vem depois, bem depois e sua eficácia depende da primeira parte do chamado (ser discípulo).
Deus, certamente quis e quer precisar da colaboração humana, da ação dos casais. Mas, mais do que da tua ação, Ele quer o teu coração. Eu sou o importante para Ele e não a minha ação, pois esta é dele, mais do que minha. “Sem mim nada podeis fazer”. “Pela graça de Deus sou o que sou/.../Trabalhei mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo” (1 Cor 15, 10).
Seguindo a trilha do Evangelho de hoje queremos entender e precisamos nos convencer, que Jesus chama, não em atenção às nossas qualidades, pois não precisa delas, mas, para que sejamos discípulos; para que tenhamos a coragem e a determinação de ir e ver onde mora, a coragem e a determinação de sempre, como discípulos, permanecer aos seus pés.
Se os passos do discipulado não forem preenchidos, poderemos até partir em missão, mas, muito brevemente começaremos sentir o cansaço e o peso dos fracassos levar-nos-á ao abandono da missão. A desilusão do servir oriunda de fracassos tem sua explicação: querer ser missionário sem ser discípulo. Dizia Teresa de Jesus: “Quem ama não se cansa e nem cansa”.
O discípulo que conhece o mestre é enviado para revelar primeiro a pessoa e depois sua mensagem de amor. A intimidade com Jesus se aprofunda com o conhecimento; e o conhecimento depende do convívio em que prevalece a dinâmica da escuta e interiorização da palavra. Não é esta a mensagem do Pe, Caffarel com o tema da “oração interior” para fazer de cada Equipe uma Escola de Apóstolos?
Jesus chamou os discípulos para junto de si e depois os enviou com uma missão bem definida:
* Curar os doentes,
* Expulsar os demônios, e
* Anunciar que o Reino de Deus está próximo.
O casal cristão feito discípulo pela Escola de Jesus é enviado, nãos para fazer milagres, mas para curar os enfermos e oferecer o remédio: Jesus Cristo.
O matrimônio é fonte de graça, de vida e de amor. O sacramento do matrimônio é uma fonte pura porque nasce do mesmo Deus. "Deus é amor". O amor do casal contamina-se, quando se afasta da nascente. Portanto, é missão do casal cristão curar o matrimônio que se afastou da fonte do amor.
Que diremos aos casais doentes no amor? Caríssimos casais das ENS! Ofereçam o testemunho de vida matrimonial evangelicamente vivida. Sejam vocês o Evangelho vivo! Para isto nasceram as ENS: Para mostrar que o evangelho também se vive na vida matrimonial. Casal doente no amor é alérgico ao remédio das palavras, mas não é alérgico ao remédio do testemunho.
Mostrar que a trilha do Evangelho é caminho de vida feliz para os casados. Casais das ENS, tornai-vos um evangelho ambulante, uma voz profética corajosa nos areópagos onde o evangelho do matrimônio é contestado, não negando o Evangelho, mas criando um evangelho paralelo próprio. A vossa vida feliz, por ser o que sois, por acreditar e viver a mensagem evangélica, será uma força que há de arrastar multidões. No Evangelho está a força e o poder de Deus (cf Rm 1, 16). O testemunho de tantos casais é a prova. Vós, casais, consagrados pelo “grande sacramento” do amor, semelhante ao de Cristo para com sua Igreja, tornai-vos para os outros, sinais visíveis e eficazes, verdadeiros sacramentos.
Vossa vida, vivida evangelicamente, é um sinal da presença desta graça, um sinal eficaz para tantos que buscam a felicidade experimentada por vocês. Falem com a convicção e com a unção que nasce da força misteriosa do Evangelho feito vida.
Falar de um amor matrimonial que não brota de uma experiência é como escrever no ar em noite escura. A força da palavra está oculta, mas não passiva, na vida de cada um de vocês. O testemunho de uma vida feliz é um remédio infalível e sempre eficaz.
A segunda missão confiada por Jesus: expulsar demônios. No tempo de Jesus havia muitos possessos. Há, hoje, muitos possessos do demônio de verdades distorcidas, semeadas pela mídia comandada pelos falsos profetas, possuídos de falsas idéias sobre o matrimônio, idéias que não tem sua raiz no Evangelho de Jesus Cristo. “Eu sou a Verdade”, disse Jesus; os demônios das falsas idéias sobre a Igreja, seu Corpo Místico, sobre sua doutrina e autoridade.
O casal cristão tem o remédio, mais ainda, o casal cristão é o remédio. Sua simples presença pode expulsar estes demônios disfarçadamente apresentados no palco do mundo. A vida é o melhor argumento, mas nem por isso podemos calar. O calar-se também é um demônio que precisa ser expulso. São do Apóstolo Paula as palavras: “Não temas/.../, continua a falar, não te cales” (At 18,9).
Em terceiro lugar Jesus os enviou para que pregassem que o Reino de Deus está próximo. Este lembrete é um convite à conversão que não pode ser adiada.
O II Encontro Nacional das ENS nos envia a proclamar que o Reino de Deus está próximo. Esta proclamação se faz pela conversão.
João Batista foi enviado para endireitar caminhos e aplainar vales. Em outras palavras, diríamos, para abrir corações. “Abri as portas para Cristo” dizia João Paulo II para que possamos entrar no novo milênio com algum sinal de esperança. O Cristo está aí, às portas, chamando e esperando por mim e por ti.
Não será este II Encontro Nacional um solene badalar dos sinos, chamando para que lhe seja aberta a porta do coração, e assim poder entrar e estar conosco? Quantos matrimônios de portas fechadas para Cristo! È o Senhor da vida batendo a porta, pedindo licença para entrar! Eu sou o Caminho, disse Jesus. “Ninguém chega ao Pai senão por mim”. Converter-se é abrir o coração para que entre Aquele que se fez nosso Caminho.
Quando Pedro terminou o discurso no dia de Pentecostes, muitos, tocados pelas suas palavras, perguntaram: Irmãos, que devemos fazer? (At 2, 37).
Aquele povo entendeu e acolheu a mensagem, colocando-se à disposição para fazer tudo o que eles ensinaram. As palavras tocam quando brotam de um coração movido e transformado pela força do Espírito Santo.
Coração tocado por Deus é coração a caminho da conversão. Casais das ENS, vós sois enviados àqueles que abraçaram a mesma vocação de vocês, mas ainda não experimentaram o sabor do Evangelho, àqueles que ainda não se encontraram com o Senhor. Vós sois chamados a abrir caminhos por onde passardes deixando o rastro da vossa vida.
Jesus se comoveu vendo aquela multidão vinda de todos os lados em busca de Jesus. Certamente ouviram falar dele e a notícia ouvida despertou interesse. Para quem está no escuro, basta qualquer raio de luz para fazer nascer a esperança. A fome de Deus é mais devoradora que a fome de pão. Essa fome faz correr para qualquer lugar onde se vislumbra um sinal de sua presença. Sem saber há uma busca de Deus.
Jesus, com sua sensibilidade humana, convida os discípulos que voltam da breve experiência apostólica, a se retirarem com Ele para descansar e ficar um pouco a sós com eles. Mas as multidões não deixam em paz nem Jesus e nem os Apóstolos. Quando a sede de verdade aperta o coração busca-se incansavelmente e bebe-se qualquer coisa que aparece. Vendo este povo faminto do pão da verdade, Jesus exclamou: Parecem ovelhas sem pastor!
Queridos casais! Vocês são procurados com a mesma ânsia, com a mesma fome espiritual, com a mesma sede daqueles que procuravam Jesus e seus discípulos. Há muitos casais que vos querem conhecer, ouvir e ver. Buscaram o matrimônio para saciar a fome de felicidade, mas não encontraram o que procuravam. Estes precisam escutar de vocês, e, sobretudo, ver em vocês onde encontrar o que buscam com tanto esforço e sem êxito.
Vocês são os enviados, os portadores desta luz. O rebanho sem pastor é cada dia maior. “O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia, o que vos é dito aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados” (Mt 10, 26). Precisamos mostrar o rosto feliz porque é esta a identidade cristã. A lâmpada é para estar no candelabro e brilhar.
Há muitos casais prostrados pelas estradas do mundo porque não há quem lhe ofereça um pedaço de pão da alegria de ser casal cristão.
A fome de vidas exemplares deixa muitos casais prostrados à beira do caminho. Domina a escuridão porque faltam casais convertidos e convencidos. É preciso ser convertido para sentir compaixão da multidão.
Hoje, a Igreja vem prostrar-se diante de vocês, queridos casais das ENS. Que Deus dê entranhas de misericórdia e compaixão e realize o milagre, não mais multiplicando pães e peixes, mas o milagre da multiplicação das ENS verdadeiramente dignas deste nome, fiéis ao ideal inspirado por Deus e concebido pelo Pe Caffarel. Que os casais que desfilam diante de vocês sintam vontade de conhecer o segredo de ser feliz!
Quando os Apóstolos disseram a Jesus: “Está aqui um menino que tem cinco pães e dois peixes, mas o que é isto para tanta gente? Mande a multidão para suas casas”, Jesus disse, “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
O Brasil é grande, a população é numerosa. Somos nós os cinco pães e os dois peixes que nas mãos do Senhor se multiplicam para a todos saciar. Não deixemos de dizer ao Senhor: Senhor, temos cinco pães e dois peixes somente, mas entregamos esta insignificância e a colocamos ao vosso dispor. Ofereça os cinco pães da sua disponibilidade e do seu sim generoso no ordinário da vida. Não esconda os cinco pães das tuas aparentes fraquezas, do teu pouco tempo, das tuas poucas qualidades, da tua pouca cultura e saber. Para Deus, o teu pouco é o único necessário para o grande milagre. Teu pouco é o começo do milagre. Não negue este pouco! Quem criou o mundo, com tudo o que nele existe, do nada, muito mais fará com o pouco que nós colocamos em suas mãos. Aliás, o que oferecemos tem o tamanho, a grandeza e o valor daquele a quem oferecemos. O que damos e fazemos para Deus é de valor infinito como Deus é infinito.
“Casal cristão, ide e evangelizai”. Sede a alegria de Jesus e não a decepção. Cada Equipe seja um Colégio Apostólico, convidado, acima de tudo, para estar com Jesus, mas também destinado para ir, porque há muitas ovelhas que ainda não pertencem ao rebanho do Senhor. É preciso conduzi-las, estas também, para que haja um só rebanho ao redor de um só pastor. Voltem às suas Províncias, Regiões, Setores e Equipes e partilhem o que sentiram e viram neste Encontro. Aceitem o convite de passar um tempo com Jesus, estejam atentos a este convite que Ele vos fará freqüentemente, ainda que os que buscam a felicidade no matrimônio vos procurem e nãos vos deixem em paz.
Ide, evangelizai.
Acolhamos com fé e coragem este pedido do Senhor, neste momento solene.
Nós podemos tornar real o sonho do Senhor: Um só Rebanho. Ele confia em nós. Confiemos nós também nele. Nivelemos as duas confianças, a de Deus para conosco e a nossa para com Deus, e a missão terá o êxito desta confiança. Voltaremos cada dia muito felizes partilhando com todos a alegria de servir, partilhando os milagres que vimos acontecer quando nos colocamos como instrumentos conscientes e responsáveis em suas mãos. A confiança que Ele tem em nós se transforme compromisso acolhido com alegria.
Coragem, queridos casais, Ele vai conosco! Esta é uma promessa Deus. E Deus é fiel. Sejamos testemunhas desta fidelidade para que os casais do Brasil possam testemunhar: Cremos que este é o caminho porque vimos com nossos olhos.
Pe Avelino.
Um comentário:
Que belas palavras!O que chama mais minha atenção é que somos o remédio para os casais e devemos expulsar todos os demônios que não são poucos.Portanto que nos ilumine e nos dê sua graça para podemos curar estes casais. Fiquem com Deus e sobre a proteção de Nossa Senhora.
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