sexta-feira, 31 de julho de 2009

12 dias Pós Encontro Nacional

No Blog, a foto do Segundo Encontro Nacional com a Irmã Luzia, conselheira espiritual de quatro equipes de Florianópolis com o casal Clara e Eugenio .

Nos dias seguintes ao Encontro Nacional a Sessão de Formação...

em Florianópolis com a Super Regiáo Brasil ......


ENCONTRO NACIONAL DAS "ENS" - FLORIANOPOLIS

1ª SESSÃO DE FORMAÇÃO NACIONAL. LEMA: " TAMBÉM VÓS DEVEIS LAVAR OS PÉS UNS DOS OUTROS" ( Jo.13,14) TEMA; " CRISTO,NOSSA INSPIRAÇÃO AO SERVIÇO".

Com o coração ainda cheio de entusiasmo depois das bençãos do II Encontro Nacional, junto com a Família de Nazaré, navegamos para águas mais profundas, tivemos a graça de participarmos da I Sessão de Formação Nacional. Em comunhão com vários casais do Brasil, unidos pela vontade de aprender a servir com mais amor, passamos dias inesquecíveis de profunda espiritualidade e formação, crescemos como pessoas, como casais e saímos transformados no amor, na fé e na união. Impossível esquecer as palavras de Carla e Carlo Volpini, em seu testemunho sobre o serviço ao Movimento, que nos diz que " o amor, qualquer que seja sua forma, alimenta-se de tudo o que é compartilhado e se nutre pela capacidade de regenerar-se e de ser oferecido e transmitido aos outros. Também o servir é uma dimensão do amor, e como tal, deve ser nutrido, alimentado e também quando servimos devemos apascentar, nutrir todos aqueles dos quais nos aproximamos..." Com certeza todos que tiveram a graça de participar dessa Sessão de Formação, devem ter uma responsabilidade, um serviço, mais jamais serão como antes, relevando toda preocupação em apenas realizar coisas, cumprir tarefas, estamos agora perfumados pela essência do servir em outra dimensão, de um amor maior que nos é confiado, e que cresce na humildade, no despreendimento e na entrega de coração, e que assim possamos responder em todo e qualquer serviço o apelo de Jesus " Se, portanto eu Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (Jo 13,14). Na nossa pequenez, não podemos imaginar a grandeza deste gesto de Jesus ... pedimos que "Ele" nos ajude a termos coragem de imitá-lo !!


Um fraterno abraço.

Dirlene e Henrique Musiat Eq. 09- A - Curitiba- PR.




Esta foto traduz tudo que sentimos por este casal fora de série que assumiu a nivel nacional o nosso amado movimento. Contem com nossas ORAÇÕES queridos irmãos, a nossa Equipe 2 - B é INTERCESSORA e se coloca em ORAÇÃO pelo trabalho abençoado que farão pelas FAMILIAS.Com saudades agradeçamos sempre a DEUS pela graça alcançada de participarmos deste encontro maravilhoso.

Nazareth e José E 2 -B Belém


Mensagens colocadas nos Comentários do Blog

Maria Angelica disse...
MAPA DAS REGIÕES - será que alguém poderia conseguir prá mim o mapa que foi usado na abertura do encontro nacional? SE POSSÍVEL PRECISARIA DA ARTE DAQUELA MONTAGEM QUE ALIÁS FICOU MARAVILHOSA...OBRIGADA SE ME RETORNAREM ...IRMÃ MARIA ANGELICA - JMJ - ÁGUA BOA - MT .


Resposta: Cara irmã Angélica, favor mandar seu e-mail para resposta do casal responsável pelas imagens do mapa.


haleisantos disse...
Nós da Equipe Nossa Senhora Auxiliadora, Varginha-MG, Minas IV, agradecemos a Maria Mãe de Deus que nos guia até seu Filho, por nos dar força e fé. Sempre junto participamos e celebramos do Primeiro e deste Segundo Encontro, e estaremos juntos novamente no próximo Encontro. Que Deus os abençõe pelo carinho e pelo serviço!


haleisantos disse...
Irmâ Maria Angélica, que bom! Foi de fato a "Água Boa" de Deus que fez ter uma noticia sua, pelo menos no blog. Somos aquele casal mineiro, atleticano, na chegada no aeroporto, numa foto no Encontro, e sentimos saudades. Que encontre o Mapa... e não esqueça de nos dar o seu e-mail; o nosso é "soniasaturnino@terra.com.br". Obrigado e um grande abraço!

Mensagens recebidas no Comentários sobre o Blog: dedicamos a todos que trabalharam pelo Encontro Nacional

Aos irmãos que tão bem organizaram nosso blog espetacular, pedimos que nos deem mais tempo de publicação, pois o mesmo tem sido tão útil para nós equipistas.
Nazareth e José

A PAZ DE CRISTO!!! MAIS UMA VEZ QUEREMOS PARABENIZA-LOS PELO BELO TRABALHO DE COMUNICAÇÃO ... REALMENTE VCS FIZERAM A DIFERENÇA NO SERVIR COM AMOR ....

Já estamos com saudades! Vocês estão de parabéns pelo trabalho de comunicação que estão fazendo! (Nem)Imaginamos quanto tempo passaram e ainda passam diante do computador, lendo e selecionando fotos e mensagens recebidas de todos os cantos do Brasil e do exterior. Gostaríamos de ver uma foto de vocês no blog. Deus os abençoe pela disponibilidade e pelo lindo trabalho que realizaram.

Abraços com a Paz do Senhor Jesus e o Amor de Maria!

Sônia e AramisEquipe 91, Setor B, Região Rio V da Província Leste.
Mais uma mensagem
Amigos, Paz e Bem !

Eu e minha casa serviremos ao Senhor, Js 24,15 .

Tinhamos a certeza da grandeza da espiritualidade transmitida a todos os casais cristãos equipistas de todo o Brasl e do mundo apresentada no 2º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora ocorrido na bela ilha brasileira chamada FLORIANOPOLIS- SC.As palestras, os testemunhos foi para levarmos para a nossa vida e para as nossas equipes de base.Queremos agradecer a Deus pelos casais que deixaram tudo para nos servir desde a chegada até a nossa saida, nós que saimos de uma temperatura quente fomos recepcionado com grande fervura dos casais.Parabéns pela organização e que Deus nos dê saude, coragem afim de estarmos junto no 3º Encontro Nacional.

Que Nossa Aparecida abençoe a todos nós casais equipistas.

Abraço forte dos amigos.

Graça e Encarnação - Equipe 6 Nossa Senhora de Fátima - Setor D
Alegria de todos
Nossa alegria foi enorme em participar e celebrar este Encontro em Floripa, que para nós foi de fato o segundo, pois também celebramos o Primeiro em Brasilia. Nossa Equipe de Nossa Senhora Auxiliadora - Varginha-MG - Minas IV, em peso sempre junta. Que a Mãe de Deus que nos guia a seu Filho abençõe voces e nos dê forças para estarmos juntos mais uma vez no próximo encontro. Ah, somente o casal caçula faltou, Aline e Antonio Carlos, ficaram cuidando do Enrico de 1 ano e mais um que está pra vir. Obrigado!
Eq. N.S. Auxiliadora, Varginha-MG, Minas IV
Nossa Eq. N.Auxiliadora de Varginha-MG, em peso total no Encontro: da esq. p/ dir-> Lourdes/Adalberto, Ma.Angela/Romero, Sonia/Halei, Carmen(viuva), Sonia/Danilo e Dirce/Acácio, com as bençãos de D.Nancy e Pedro Moncau.

Belém e a animação dos Paraenses

Aproveito a oportunidade de ação de graças por tudo que o Senhor fez e faz por nós, e envio estas fotos. Um grupo de paraenses da equipe 2-B com S.C.E. de Belém, são os seguinte: Amaral e Socorro; José e Nazareth; Necy e Darmir;e Frei Gilson. Padre Genaro e Padre Lucivaldo. O outro grupo é o grupo de reflexão do encontro, que foi muito lindo e amigo, grupo 84 formado por pessoas fantásticas. Com o nosso carinho e saudades de: Nazareth e José - E 2 -B Região Norte 2 -Província Norte Belém – PA
Convite da Ruth e Frederico
Visite CANTINHO DO PE. CAFFAREL em


Agradecimentos

Estimados irmãos a paz de Cristo,

Agradecemos imensamente por tudo que passamos durante o II Encontro Nacional em Floripa. Que Deus os abençoe.
Gostariamos, se não for pedir muito, que nos informasse se ainda é possível adquirir dois casacos (somente o casaco) de frio que foram feitos para o Encontro. Gostariamos de salientar que se isso for possível os tamanhos são: "G" e "P".

Fiquem com Cristo e Maria.
Anaeli e Reginaldo
Eq. 36-B - REGIÃO CENTRO-OESTE - I
Nossa Senhora Rosa Mística
Brasília - DF


Resposta: Manter contato com o e-mail paulomf@terra.com que é do casal Rosa e Paulo, responsável pelo fornecimento dos agasalhos.


Ceará: terra amiga

Caríssimos ,Paz e muitas bençãos!Depois de tantas maravilhas vividas e absorvidas em Floripa, finalmente chegamosao nosso Ceará e continuamos a sentir o clima do Encontro em nossos corações em nossas orações.Continuamos a agradecer a Deus tanta inspiração do Espírito Santo e tantas providências, para que tudo ocorresse conforme o planejado pela equipes deserviço, mas principalmente conforme a vontade do Pai.Parabéns a todos os envolvidos nos trabalhos, inclusive às suas famílias que também vivenciaram com certeza, muitos momentos e incertezas durante esta longa preparação.A Equipe de Imprensa não nos surpreendeu! Com muito alegria e empenho não saiu do lado dos computadores para manter uma linda e forte corrente ligando todosos equipistas e fazendo acontecer "Floripa por todo este lindo Brasil".Parabénnnns!

Um grande abraço,Fiquem com Deus e sob a proteção de nossa Mãe Maria Liliana e Edson

Liliana e Edson em visita a Sala de Imprensa. Nós estamos aí.
Quem se interessar pela música aúdio do Chico....
Caríssimos irmãos, consegui fazer uma gravação de áudio (somente) em mp3 da "Balada da Oblação", cantada pelo Chico; Caso alguém queira (claro, com a permissão do Chico e da equipe do blog), principalmente a Joana e o Vena, é só me contatar (Halei e Sonia - Eq.N.S.Auxiliadora-Varginha-MG) e-mail: haleisantos@terra.com.br Um grande abraço a todos.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

11 dias Pós Encontro Nacional

Casal Maria Carla e Carlo sendo acompanhado pelo equipista Franco, que traduziu do italiano para o português as suas palavras no encerramento.
Queridos amigos,
acabamos de voltar à nossa casa mas aìnda trazemos no coração toda a emoção do encontro vivido em Florianópolis.
Queremos ainda dizer-vos um grande muito obrigado pela acolhida que nos foi dada e pelos inúmeros presentes recebidos que nos falam do vosso afeto.
O Senhor abençoe a vossa casa e até 2012!
Maria Carla e Carlo Volpini


Mensagem recebida da Itália pelo casal Graça e Roberto- Super Região Brasil

Queridos Graça e Roberto,

Desejamos agradecer mais uma vez a vocês pelo maravilhoso encontro que compartilhamos em Florianópolis: tudo estava perfeito!

Ficamos verdadeiramente surpresos com o entusiasmo que os equipistas do Brasil demonstraram em relação ao Movimento: a participação no encontro foi muito grande, mas, além dela, também a participação do coração. E também a organização tanto da liturgia quanto das conferências e da logística... impecável... Parabéns de verdade a vocês e a todos os amigos que trabalharam para esse encontro.

Vivemos dias que jamais poderemos esquecer; obrigado mais uma vez por nos terem dado a possibilidade de vivê-los.

Agradecemos por todos os presentes que nos deram: tomamos o café da manhã nas xícaras com a inscrição ENS... que emoção! E a toalha branca já está sobre nossa mesa... perfeita!

Visitamos o site e revivemos as mesmas emoções.

Que Nossa Senhora Aparecida os abençoe e ilumine!

Recebam toda nossa amizade e agradecimentos.

Maria Carla e Carlo Volpini


Mensagem de Vinhedo

Ainda atordoados de tantas benção recebidas, queremos parabenizar a todos os organizadores do 2º Encontro Nacional das ENS em Floripa e informar que já estamos de malas prontas para o próximo Encontro Internacional, seja lá em que cidade do Brasil for. O pessoal de Vinhedo está muito
entusiasmado com o efeito do Encontro de Floripa.
Vai em anexo uma foto de nosso Grupo, durante a participação no ATO PÚBLICO de sábado no Encontro, por sinal muito emocionamnte e contagiante.
Abraços em Cristo,

Dô e Chico
CRS Vinhedo/SP
Sabedoria de Deus. Venha sobre nós!
Mensagem de Brasilia

Queridos amigos das ENS de Florianopolis,
Estamos relendo no Blog, o material das palestras e dos testemunhos vivenciais e homilias do II Encontro Nacional das ENS na maravilhosa Santa Catarina e vimos que fomos realmente privilegiados por ter participado desse tão grandioso evento, não só pela impecável organização mas principalmente pelas riquezas dos conteúdos, que até hoje nos deixam extasiados e com saudades daqueles três fecundos dias.
Parabens a todas (os).
Segue anexo, fotos do Encontro.
Um aconchego...
o olhar do amor para todos que conviveram no Encontro Nacional
Sandra e Jamir
Equipe 33 Setor F- Nossa Senhora do Rosário
Provincia Centro Oeste I - Brasilia/DF

Mensagem Região Norte I

“Eu e minha casa serviremos ao SENHOR.”
Paz e Bem!

Nós casais da Região norte I, queremos agradecer acolhida de todos, em especial a turma do laranjinha que ficavam de prontidão esperando todos aqueles que ali chegavam. Foram quatro dias de muita graça para aqueles que estiveram em Floripa.É com muita alegria que partilhamos, voltamos com o coração contente é verdadeiramente agradecido na certeza que nossas casas nunca mais será as mesmas, pois teremos que tomar uma nova postura quanto o tema vivenciado.



Eu e minha casa serviremos ao Senhor.
O Senhor fez em nós maravilhas !!!!

Mensagem de Criciúma

Desejamos abraçá-los fraternalmente cumprimentando-os pela brilhante coordenação deste magnífico 2º Encontro Nacional das E.N.S., extensivo a todos os demais integrantes desta dedicada, incansável e atenciosa equipe de trabalho.

Gostamos e aprendemos demais, enriquecendo Consideravelmente nossos trinta e cinco (35) anos de equipe (ocorrerá em outubro próximo).

A Organização, a programação, o conteúdo das celebrações, os grupos de reflexão, a graça da presença da Sagrada Família (emocionante, levando muitos as lágrimas) a significativa caminhada até a Catedral, os momentos de lazer (show), das refeições (sentados a mesma mesa equipista de diversas regiões do País, conversando, conhecendo-se e trocando idéias sobre o Encontro), calaram profundamente em nossos corações e, creio, lançou-nos (todos) em águas mais profundas, iluminados pelo Espírito Santo.

TUDO PERFEITO e IMPECÁVEL, o que vocês proporcionaram neste Encontro, reunindo mais de 5.400 equipistas.

O SENHOR, tenham certeza, saberá recompensá-los por todo o trabalho, dedicação, preocupações, angustias, noites de insônia e até de tristezas, porque não, porém a final a alegria contagiante e emocionante que tiveram (lágrimas incontidas) com aquela multidão de equipistas aplaudindo calorosamente, retrata o êxito, a consagração do Encontro e agradecimento de todos nós.

PARABÉNS. Que NOSSA SENHORA e seu filho JESUS CRISTO os abençoem e a todos os demais casais equipistas que trabalharam neste inesquecíveis Encontro.

Obrigado,

Cylésia e Helcio
Equipe 4 – Nossa Senhora Aparecida
Setor A – Criciúma/SC
Mensagem de Londrina
Olá pessoal,

Desculpem, mas só agora me tocou falar com vocês.
No domingo , último dia do encontro, deixei meu cachecol guardando lugares para o nosso pessoal que chegava mais tarde. No final do encontro quando procurei pelo cachecol não o encontrei. Fui até os achados e perdidos mas não consegui entrar naquele local porque estavam lá as bagagens dos equipistas. Onibus saindo, correria de final de encontro, pessoas sem saber onde ir....
Deixei prá lá o meu cachecol.
Gostaria de saber se ficou com alguém os objetos encontrados ? Se esse cachecol ( azul, com verde e um pouco amarelo) foi encontrado? Tem alguém encarregado deste assunto?
O cachecol foi feito por vovó e o valor é de estimação.
Obrigada pela atenção de vocês e outra vez parabéns por tudo.
Bjs Nanci do Rubens Eq. Nossa Senhora de Lourdes Londrina PR

Resposta para Nanci e a todos os equipistas

Entre os cachecóis perdidos não se encontra o da Nanci.


Atenção: Caso você tenha pego o cachecol da Nanci por engano, favor entrar em contato com nosso e-mail ens.imprensa@gmail.com

Vamos publicar no Blog a relação de achados e perdidos do Encontro Nacional.

Mensagem de Salvador-Bahia

AMADOS IRMÃOS,
PAZ E BEM!

AINDA ENVOLTOS PELA CHAMA DE AMOR DO SEGUNDO ENCONTRO,
VIMOS AGRADECER A ACOLHIDA A NÓS TODOS, IRMÃOS EQUIPISTAS, PARTICIPANTES DESTE ENCONTRO. EM ESPECIAL, AGRADECEMOS AO CASAL-HOSPEDAGEM,
QUE FICOU NO HOTEL CASTELMAR PELA GENEROSIDADE E PELO AFETO QUE NOS DISPENSARAM.SÓ TEMOS QUE ELEVAR OS NOSSOS OLHOS AOS MONTES E LOUVAR O SENHOR PELA GRANDE DÁDIVA QUE É A EQUIPE DE NOSSA SENHORA EM NOSSAS VIDAS.

RETORNAMOS A SALVADOR COM O CORAÇÃO REPLETO DE CARINHO QUE RECEBEMOS DOS IRMÃOS QUE CONHECEMOS NESTE ENCONTRO.
UM LOUVOR, UMA AÇÃO DE GRAÇAS A TODOS CONSELHEIROS ESPIRITUAIS QUE SE FIZERAM PRESENTES POR GRATUIDADE E AMOR ÀS EQUIPES.
UM LOUVOR E AÇÃO DE GRAÇAS AO SENHOR POR TODOS QUE CONTRIBUÍRAM COM ESTE ENCONTRO.
UM LOUVOR E UMA AÇÃO DE GRAÇAS AO CASAL NANCY E PEDRO PELO PRESENTE QUE NOS PROPICIOU: "AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA"
UM LOUVOR E UMA AÇÃO DE GRAÇAS A PADRE CAFFAREL EM DIZER "SIM" AO CHAMADO DE DEUS.
DEUS SEJA LOUVADO, POR NÓS CASAIS, OBRA PRIMA DA SUA CRIAÇÃO!
DEUS SEJA LOUVADO PELO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO.
DEUS SEJA LOUVADO POR MARIA SANTÍSSIMA, NOSSA INTERCESSORA.
DEUS SEJA SEMPRE LOUVADO E ADORADO POR NOS DAR O SEU FILHO JESUS CRISTO.

DEUS SEJA LOUVADO POR TODOS EQUIPISTAS DO MUNDO INTEIRO!!!!
MAGNIFICAT!!!
AMÉM!!!
Marina e Josafá
EQUIPE 3-A NOSSA SENHORA RAINHA DA PAZ
SALVADOR-BAHIA

Mensagem de Cascável

Queridos amigos,

Que saudades de Floripa.
Nós de Cascavel parabenizamos todas as equipes de trabalho pelo exemplo de doação, amor e pertença ao movimento.
O II Encontro foi um acontecimento marcante para as nossas vidas!
Aproveitando a oportunidade, gostaríamos de saber se vai ser disponibilizado para venda DVDs do Encontro, e das Palestras? Gostaríamos de adquirir.

Um grande abraço, e Até o III Encontro!!

Com carinho

Rosa e Erotides
Eq. N. S. Aparecida - Cascavel PR


Resposta: Está sendo viabilizado com a empresa que filmou o evento essa possibilidade.

Mensagem de Manaus

Magnificat!

Este ano é para nós um ano de graça, é um ano que Deus marcou para nós como um ano de graças e bênçãos. Foi um tempo de espera, de renuncias para estarmos a este encontro tão esperado. Estamos muito gratos a Deus por ter nos dado esta oportunidade
e por tantas maravilhas que vivenciamos, veio enriquecer a nossa vida em casal em familia e com certeza nossa vida em equipe.
Nosso muito obrigado a todos que se dedicaram para este tempo de graça. Deus trabalha no corpo que trabalha, Deus sorri no seu sorriso!

Juranda e Sidney e Sces Pe Flavio .Manaus-Am

Caríssimos, Paz e muitas bençãos! Depois de tantas maravilhas vividas e absorvidas em Floripa, finalmente chegamos ao nosso Ceará e continuamos a sentir o clima do Encontro em nossos corações e em nossas orações. Continuamos a agradecer a Deus tanta inspiração do Espírito Santo e tantas providências, para que tudo ocorresse conforme o planejado pela equipes de serviço, mas principalmente conforme a vontade do Pai. Parabéns a todos os envolvidos nos trabalhos, inclusive às suas famílias que também vivenciaram com certeza, muitos momentos e incertezas durante esta longa preparação. A Equipe de Imprensa não nos surpreendeu! Com muito alegria e empenho não saiu do lado dos computadores para manter uma linda e forte corrente ligando todos os equipistas e fazendo acontecer "Floripa por todo este lindo Brasil". Parabénnnns! Um grande abraço, Fiquem com Deus e sob a proteção de nossa Mãe Maria. Liliana e Edson
Liliana e Edson, A foto que vocês mandaram não abriu. Favor nos enviar de novo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

10 dias Pós Encontro Nacional: Reviver

O testemunho na rua: Ato Público

A oração do casal: testemunho de vida


A festa no céu: alegria dos anjos da terra.


A palavra do Arcebispo: Deus nos fala



Joelhos no chão : a prece da comunidade


Mensagens recebidas: maravilhas do coração dos equipistas


Eu sei...que é imenso o campo que eu devo arar
E as sementes no bornal a me esperar
Enquanto negra a noite cobre tudo em mim.
Eu sei...que logo atrás dos montes vai surgir um sol tão lindo a me convidar
A caminhar por entre os sulcos que deixei
Eu sei... que dentre os dedos vou deixar cair
Uma semente mágica no chão, igual a um sacramento de libertação
E eu... um dia sei que hei de caminhar
Por entre iluminados espigais a salmodiar de novo o Criador.


Eu sei... que a vida inteira é curta pra viver
Um ideal tão grande e não morrer. Mas ser eternizado em cada coração.
Eu sei... que um sonho assim pra se realizar
Precisa muita lágrima rolar e então regar o chão que nossa mão plantou
Eu sei... que o trigo e a uva pra se transformar,
Precisa que os esmaguem fortes mãos,
Pra que possam tornar-se logo vinho e pão
E eu sei... que assim será pra quem disser o sim
Colocará no altar o coração
Dizendo: Comei todos deste pão!

Amigos boa tarde.
Balada para uma oblação, cantada pelo Chico, no final da
palestra e está no Blog. A letra é espetacular, muito profunda e meditativa ...
Porém ficamos tristes, pois não conseguimos baixar o vídeo da música.
Seria possível vcs. nos enviarem o vídeo, para que possamos
usá-lo em nosso Retiro ?
Desculpe-nos tanto pedir, mas não conseguimos nem fazer a gravação de audio,
sai um pouco ruim, quase não dá para perceber as palavras ....
Abraços fraternais
Joana e Vena


Mensagem da Bahia

Queridos irmãos Equipistas,
Boa tarde!

Que a paz de Jesus esteja sempre com vocês!
Queremos expressar a nossa alegria e satisfação pela realização do II Encontro Nacional das ENS do qual tivemos a oportunidade de participar. Queremos, principalmente, agradecer a todos aqueles que colaboraram para que o nosso Encontro fosse coroado de êxito. Podemos imaginar a dedicação e o esforço de cada um, os seus limites e as dificuldade que encontraram ao longo desses dois anos de preparação. No entanto temos certeza de que não faltaram boa bontade e entrega total de todos bem como muita luz vinda do Espírito Santo. Vocês, irmãos, foram abençoados e serão sempre lembrados por todos nós, com muito carinho, em nossos corações e em nossas orações. O melhor de tudo é que todos nós saímos de Florianópolis mais fortalecidos, mais agraciados pela misericórdia do Senhor que nos presenteou com as palestras proferidas, a liturgia, os testemunhos, a participação, enfim, tivemos um momento único em nossas vidas e esses momentos serão eternos.
Obrigado, Floripa, pela acolhida.
Edna e Geraldo
Equipe 04 - Nossa Senhora do Carmo
Setor A - Salvador - Ba.

Comunicação da Equipe

Já estamos com saudades! Vocês estão de parabéns pelo trabalho de comunicação que estão fazendo! (Nem)Imaginamos quanto tempo passaram e ainda passam diante do computador, lendo e selecionando fotos e mensagens recebidas de todos os cantos do Brasil e do exterior. Gostaríamos de ver uma foto de vocês no blog. Deus os abençoe pela disponibilidade e pelo lindo trabalho que realizaram.

Abraços com a Paz do Senhor Jesus e o Amor de Maria!

Sônia e Aramis

Equipe 91, Setor B, Região Rio V da Província Leste.


Gratidão do Brasil


Caros irmãos em Cristo,

Paz e Bem!

"A gratidão é a memória do coração" (J. B. Massieu)

Você é um casal "supimpa" ótimo!

Somos imensamente gratos por nos ter enviado a palestra do casal Volpoin.
Já imprimimos e lemos para os nossos três filhos (uma filha e dois filhos). Com o testemunho de Maristela e Márcio França, eles ficaram admirados.

Com certeza teremos ensinamentos para os próximos anos, que antecedem os futuros Encontros das Equipes de Nossa Senhora.

Segue em anexo esta foto de casais de Recife tirada na passarela de acesso ao Centro Sul. Quanta saudade!!!
Carinho e orações de Lourdinha e Falcão - Equipe Nossa Senhora da Saúde - Recife – PE


Espiritualidade do Encontro

Amigos
Paz e Bem
Eu e minha casa serviremos ao Senhor, Js 24,15
Tinhamos a certeza da grandeza da espiritualidade transmitida a todos os casais cristãos equipistas de todo o Brasl e do mundo apresentada no 2º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora ocorrido na bela ilha brasileira chamada FLORIANOPOLIS- SC.
As palestras, os testemunhos foi para levarmos para a nossa vida e para as nossas equipes de base.
Queremos agradecer a Deus pelos casais que deixaram tudo para nos servir desde a chegada até a nossa saida, nós qu saimos de uma temperatura quente fomos recepcionado com grande fervura dos casas.
Parabéns pela organização e que Deus nos dê saude, coragem a fim de estarmos junto no 3º Encontro Nacional.
Que Nossa Aprecida abençoe a todos nós casais equipista
Abraço forte dos amigos
Graça e Encarnação - Equipe 6 Nossa Senhora de Fátima - Setor D

terça-feira, 28 de julho de 2009

9 dias Pós Encontro Nacional

Após tanto tempo de espera e preparação, pudemos finalmente viver todas as emoções do 2° Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora em Florianópolis.
Desde o início da nossa viagem, em Cabo Frio, com os casais Ana e Ledinho, Letícia e Laudir, Marizeth e Chico e Alzira e Pessanha (Alessandra e Gladston viajaram de carro) já vivíamos a expectativa da participação neste importante evento do Movimento não somente para o Brasil, mas também para o mundo, fato este confirmado ao ser anunciado o nosso país como sede do próximo Encontro Internacional das ENS, no ano de 2012.
É muito difícil descrever os nossos sentimentos, as nossas emoções durante as Celebrações, Palestras, Testemunhos e a amizade e carinho presentes nas Reuniões de Grupos de Casais, além da nossa alegria ao reencontrar casais amigos da nossa Região Rio IV, de outras Regiões, da nossa Província Leste e de outras Províncias da qual tivemos o privilégio de conviver em Lourdes durante o Encontro Internacional em 2006 e também a curiosidade em conhecer pessoalmente os nossos amigos da internet.
Hoje, ao retornarmos à nossa vida cotidiana, já começamos a nos preparar para futuros encontros, em 2012 o Encontro Internacional a ser realizado no Brasil e em 2015, o 3° Encontro Nacional.
Aos casais que não puderam estar presentes, por motivos diversos, neste 2° Encontro Nacional, damos o nosso testemunho de que vale à pena a preparação e o esforço desde agora.

Tereza e Reizinho, Eq. 01-Setor Lagos, Reg.Rio IV, Prov. Leste











De Manaus, Amazonas:


Terminado o 2o Encontro Nacional, iniciamos o reencontro no qual nós e nossa casa continuaremos a servir ao Senhor. Queríamos agradecer em primeiro lugar a Deus, que nos concedeu a graça de participarmos deste momento ímpar, em segundo lugar, a todos que proporcionaram a realização do mesmo, através de seu amor e doação ao próximo. Manaus esteve presente com mais de 120 pessoas(entre equipistas e SCE's), prova de dedicação e amor ao movimento. Saímos do centro da maior e mais preservada floresta tropical do planeta, na região norte, para a região sul do Brasil, porém já nos acostumamos a vencer distâncias, esta foi pela vontade e determinação da presença. Conteúdos brilhantes, palestras, testemunhos, homilias. Novas amizades, alegrias dos reencontros com outros, conhecimentos, doação, exemplos, superação, enfim, estar no lugar certo no momento certo e além disso num local abençoado e belo por natureza. Obrigado Senhor por tudo e por todos. Amém!Gorette e Sergio AvelinoEq. 08 A Manaus-Amazonas.



Equipe NS do Silêncio , de Manaus.


Mais uma carta de Manaus.


Queridos amigos, que saudades, vivemos momentos maravilhosos!!! Um grande abraço aos amigos de Floripa que nos acolheram como irmãos, a cidade de vocês, as pessoas, enfim tudo foi maravilhoso, vamos guardar em nossos corações e em nossa lembrança todos os momentos vividos, até mesmo o friooooooooo(ufa), que Deus os abençoe sempre e até breve.... Beijos a todos e obrigada pela acolhida e pela amizade.

Maria José e Nonato
Equipe 15 Nsa do Carmo
Manaus – Amazonas



Após uma longa jornada (1400 km) realizamos um sonho, estar presente no 2º Encontro das ENS. Obrigado irmãos equipistas que nos recepicionaram e nos apoiaram em uma terra tão distante, em especial o casal Cecília e Jaime Boing. Maria de Lourdes e Grey de Ituiutaba MG juntamente com casais de Itumbiara GO, irmãos em CRISTO e companheiros de viagem.

Palestra dos Volpin


Paz e Bem!
Ainda em estado de fortes emoções, chegamos ontem em nossa casa, em Recife. O maior superlativo que existe em nosso dicionário é insuficiente para expressar a beleza, a profundidade, o carinho que vivenciamos durante os dias do 2º Encontro Nacional das ENS.
Que Deus abençoe o trabalho abnegado de toda a equipe que colaborou para este evento!
Gostaríamos que fosse colocado no blog a palestra do CASAL da ERI. Desde já somos agradecidos.Carinho e orações,Lourdinha e Falcão - Equipe Nossa Senhora da Saúde - Setor - B - Recife - PE


2° ENCONTRO NACIONAL DAS ENS DO BRASIL
FLORIANÓPOLIS – 16 a 19 de julho de 2009

Casal cristão, célula de evangelização
Carlo e Maria Carla Volpini

Queremos, primeiramente, transmitir-lhes toda a nossa alegria por estarmos aqui com vocês, neste grande encontro que vê reunidos tantos casais deste País onde as ENS são, realmente, uma semente fecunda de amor e testemunho vivo da mensagem de P. Caffarel. E queremos agradecer ao Roberto, à Graça e a todos os casais da SR Brasil que, ao nos convidar para falar, nos presentearam com este encontro com vocês.
A palavra do Senhor que vocês escolheram como fio condutor para estes dias “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Gs 24, 15) é um tema muito interessante porque acompanha a reflexão teológica destes anos que quer uma fé vivida na história do cotidiano; também a nossa apresentação, que abordará o tema do casal cristão célula de evangelização, está ligada a esta palavra do Senhor porque a primeira coisa que nos perguntamos foi: por que o casal pode e deve ser célula de evangelização? Simplesmente porque lá onde um homem e uma mulher se amam e neste amor, acolhendo-se, se encaminham juntos para fazer nascer a própria humanidade, lá transparecem os traços do rosto de Deus. Disso resulta que se o rosto de Deus é o rosto do Amor, o casal tem que anunciar através de sua própria vida esta mensagem do amor divino. Mas, a seguir, vieram as outras perguntas que construíram o percurso desta reflexão: Como, Quando, Onde, o casal pode se tornar ícone vivente do amor de Deus?
Como? Simplesmente vivendo e se amando. Quando? Em qualquer momento e a cada dia de sua vida. Onde? Nos lugares onde todo casal vive seu cotidiano. E se as cidades, as terras, as nações são diferentes, existe um lugar comum a todos os casais do mundo, a todas as famílias do mundo, que pode ser habitado num testemunho espontâneo e contínuo de evangelização: a casa.
Queremos lembrar a este respeito as palavras do astronauta Erwin enquanto girava em órbita em torno da Terra: “A lua é bonita; o céu é profundo e maravilhoso. Mas é somente na terra que o homem pode morar, porque lá embaixo tem alguém que pensa em mim, que me olha e me espera”.
Devemos estar cientes de que, entre as tantas experiências que a vida nos oferece, aquela do habitar está entre as mais fortes e importantes, porque habitar um lugar significa crescer através e graças “àquele lugar”, lá onde podemos ter relações e tecer a trama que constrói a nossa vida. Todos vocês têm amor, atenção e cuidado com as suas casas, porque sabem que só assim poderão torná-las vivas, sabem que a sua realidade de cônjuges está fortemente ligada ao lugar onde vocês moram, sabem que dentro de suas casas se estabelecem todos os dias relações diferentes que, graças a elas, a sua identidade de pessoas e de crentes terá sempre novos espaços de crescimento e de desenvolvimento.
Não é por acaso, portanto, que se diz “habitar a casa, habitar a vida” porque realmente em nossa casa aprendemos cada dia a existir e cada dia nos transformamos conforme a multiplicidade de experiências que nela vivemos. E não é em outro lugar, a não ser na casa, que todo casal pode aprender a se tornar célula de evangelização.

“Casa, para nós significa lugar de crescimento, espaço interior, o tempo que passa, vontade de se fechar em casa e vontade de fugir de casa, respiro de emoções...
Com certeza a casa representou um lugar de crescimento graças a todos aqueles que dentro dela viveram trazendo sua bagagem de riqueza, onde mais falamos entre nós, onde mais nos confrontamos conosco e com os outros, onde reelaboramos através da palavra, da reflexão e da oração o que nós estávamos vendo, escutando e vivendo “fora”.
Deu-nos sempre alegria abrir a casa aos outros e o fizemos sempre por escolha e por prazer, mas não tivemos medo de ficar sozinhos em casa para saborear a nossa presença mútua e para ter a possibilidade de falar e comentar e conjeturar e planejar o nosso amanhã.
Não é talvez por acaso que, apesar de passarmos muito tempo fora de casa por causa dos nossos compromissos, o nosso maior desejo diante de um dia livre não seja tanto aquele de ir a um cinema ou de passear sozinhos, mas de ficar em casa possivelmente em silêncio ou falando em voz baixa, quase que a familiaridade das paredes, dos móveis, das coisas conhecidas, consiga confortar os nossos cansaços e as nossas desorientações.
Às vezes temos vontade de ir embora, de sair de casa quando esta se torna testemunha das nossas tensões e da nossa incapacidade de superá-las; quando sabemos que lá dentro o clima está pesado e seria necessário um esforço a mais para o qual não estamos prontos, quando não a sentimos acolhedora e protetora, mas ameaçadora e anunciadora de mais tempestades. É realmente um escapar, um fugir, mas é também, de alguma forma, o desejo de não sobrepor sentimentos negativos a tudo aquilo de bonito e de bom que ela nos permitiu viver.
E quando o prevalecer do negativo se torna mais forte, quando os nossos limites de caráter e de fé impedem um passo de crescimento, sentimos a casa estranha, longe, não pertencente ao nosso ser, incapaz de nos dar alívio. Mas o que é realmente estranho? A casa que fica ali nos esperando com toda a sua carga de vida vivida no seu interior ou a nossa maneira de colocar-nos um diante do outro e juntos diante dos filhos e diante de Deus? A coisa certa, então, é voltar para casa porque fora dela nos sentimos ainda mais perdidos, ao passo que voltar significa ter vontade de recomeçar.
A casa, finalmente, como lugar de cultura e de expressão da nossa escolha de fé, porque a sua decoração, os seus objetos, os livros, são a nossa historia, são sinais do caminho percorrido, das orientações, das experiências, do crescimento mais ou menos grande realizado. Objetos que nos falam de um amigo, de um evento, fotografias que nos fazem lembrar pessoas ou situações e renovam dentro de nós a experiência vivida, folhas e papeis que nos falam do nosso trabalho profissional, dos nossos compromissos inclusive com os outros, revistas e boletins que nos falam de realidades diferentes das nossas e a respeito das quais queremos saber mais e desejamos compartilhar, e outras realidades, como todas aquelas ligadas ao mundo das ENS, para as quais sabemos que estamos trabalhando, ainda que de forma diferente, junto com muitos outros, numa sinergia de esforços que constrói o reino de Deus. Tudo isto está presente em nossa casa e nos envolve e, sem que nos apercebamos, sustenta o nosso trabalho de cada dia.

Compreendemos então que a casa não é apenas um lugar de abrigo realmente necessário para o desenrolar da vida, mas sim o lugar fundamental para que a vida se manifeste em todas as diferentes nuances das nossas emoções, sentimentos, afetos que às vezes podem ter os tons claros e serenos da harmonia, às vezes os tons fortes da alegria e da energia projetual e, às vezes, os tons apagados e cinza dos momentos sombrios e difíceis. Em todo caso, a casa é sempre um espaço excelente onde o casal anuncia todos os dias a sua escolha de vida e de fé, onde o casal é, sem que talvez o saiba, a célula pequena e grande de uma constante evangelização mútua e dos outros.
A casa, com o passar do tempo, assume os traços de quem nela mora, porque se alimenta da vida de seus moradores, assume formas, aspectos “humanizados”. Cada casa tem o seu rosto: é, de acordo com os seus moradores, acolhedora, fria, cativante, espartana, desarrumada ou caótica, elegante ou simples; a casa, em silêncio, acompanha as histórias da vida de uma pessoa, de um casal, de uma família e, em silêncio, registra todos os acontecimentos tranqüilos ou dramáticos que se desenrolam na vida cotidiana e, no fim, só uma casa realmente vivida dá a sensação de ser habitada. Um quarto de hotel poderia estar até mais bem decorado do que o nosso quarto, dotado de mais conforto, mais moderno e elegante, mas quem de nós escolheria viver para sempre num quarto de hotel?
Cada casal pode desenvolver a sua realidade de evangelização começando justamente pela casa onde mora porque uma casa é um projeto de intimidade: objetos, luzes, cheiros, quartos, cantos, quartos de despejos, luzes e penumbras; decoração, lâmpadas, quadros, livros, móveis, roupa de cama, fotografias, perdem pouco a pouco o seu valor objetivo, não são mais o que foram para assumir no tempo o valor simbólico de alguma coisa que nos dá o significado de todos os valores que escolhemos e de todas as coisas em que acreditamos. Morar é "sentir-se em casa, abrigados por um espaço que não nos ignora, entre coisas que falam da nossa vivência, no meio de rostos que não precisamos reconhecer porque em seu olhar há os traços da nossa história”.
A casa vivida, não é uma "caixa inerte" e morar, portanto, não significa simplesmente "estar num lugar", mas, sobretudo, construir umas relações significativas, umas relações com pessoas e objetos. O caminho que faremos juntos hoje para lhes falar do casal cristão célula de evangelização é o de atravessar uma casa, para compreender como cada espaço que cada casal viveu em sua própria casa pode se tornar espaço de vida e não apenas isso, mas cada lugar pode se tornar lugar “sacramental” se se tornar sinal da presença de Deus.
Não é o credo, não é a liturgia, não são as instituições nem as tradições que fazem com que a Igreja seja Igreja, sacramento de Cristo. Mas é a fé no Senhor presente que vivifica o credo, se manifesta na liturgia, se encarna nas instituições e vive nas tradições. Tudo isso dá forma ao sacramento, que é o instrumento mediante o qual o Senhor invisível se faz visível na terra.
O mesmo ocorre na casa, lugar familiar e sacramental: existem quartos, corredores, mesas, quadros nas paredes como em todas as casas dos homens. E, contudo, são diferentes, porque o espírito que enche de afeto e de significado todas estas coisas é diferente, e as torna familiares e “sacramentais”. Do lado de fora talvez ninguém veja e possa distinguir. Somente o coração sabe e discerne e descobre nas frágeis e freqüentemente contraditórias aparências externas, um secreto intimo e divino: a presença do Senhor ressuscitado que vivifica todas as coisas. (Boff)

A sala de estar, a nossa sala de estar

As casas de hoje mudaram de aspecto em sua estrutura interior, espelhando desta forma também as mudanças ocorridas na cultura familiar e na sociedade. A sala de estar sofreu também uma grande transformação.
Num passado não muito distante todas as casas tinham um quarto que era mais reservado que os outros, separado do hall de entrada e dos outros quartos. Era quase sempre um quarto fechado, não utilizado diariamente pela família, sempre arrumado, era una sala geralmente ampla ou algumas vezes de dimensão menor, mas sempre decorada com muito cuidado, que tinha específicas funções de representação e de recepção dos hóspedes e que se abria somente em ocasiões especiais. A sua função visava mais uma finalidade exterior de representação da família, que procurava mostrar o melhor de si à sociedade, do que uma concreta utilização para os vários membros da família. Era um ambiente não vivido, envolvido pela penumbra, que precisava ser preservado dos efeitos danosos da luz, da poeira, mas sobretudo das pessoas que ali moravam, reduzindo-o assim a um espaço inutilizado.
Atualmente, no entanto, é na sala de estar que se desenrola a vida cotidiana da família. Hoje as nossas casas têm finalmente um espaço plenamente vivido de dia e de noite, onde freqüentemente se fazem as refeições, se brinca com as crianças, se executam as tarefas domésticas, se assiste à televisão, se trabalha com o computador, um espaço onde se compartilham amizades e relações familiares, sem se preocupar com o aparecer.
A sala de estar é um espaço comunitário particular: o indivíduo neste quarto pode manter a própria realidade pessoal e ao mesmo tempo ter consciência de viver com e no meio dos outros. Quando a vida familiar não é serena e harmoniosa, esta coexistência de privado e comunitário pode ser também fonte de tensões, sobretudo quando pesam os silêncios e o fechamento. Na sala de estar, de fato, se celebram também as grandes reuniões e festas familiares: deveriam ser as ocasiões em que as diferentes gerações se confrontam entre si, mas às vezes se transformam numa mistura de silêncios e incompreensões e o ar que se respira, de prazeroso e alegre, se torna pesado e sombrio. Quanto espaço para um casal cristão ser evangelizador e instrumento de mediação e de tolerância recíproca na própria casa!
A sala de estar é o lugar onde o casal e a família vivem e celebram a sua vida afetiva e relacional mas também a sede do encontro com a história. Aqui, de fato, encontramos os outros e nos deparamos com pessoas que nos trazem outros valores, outras culturas, outras histórias. Através destes encontros verificamos o nosso modo de viver e transmitimos aos filhos a nossa idéia de sociedade. A sala de estar é, portanto, o ambiente da casa particularmente aberto para o exterior, a interface entre o dentro e o fora. Precisamos que este quarto continue acolhendo toda possibilidade de encontro, de palavra, de relação, de comparação; precisamos que permaneça um lugar aberto à comunicação e à hospitalidade. Este é um espaço forte de evangelização para quem entra e é acolhido em nossa casa
“Sempre quisemos uma sala de estar grande, capaz de acolher pessoas, amigos, parentes, capaz de se tornar lugar de encontro. Acreditamos que hoje, mais do que nunca, precisamos alimentar a profecia da salvação através do encontro e do relacionamento com os outros: hoje, onde tudo nos fala de interesse individual, de proveito pessoal, de projetos no singular, todo casal para ser célula evangelizadora deve viver a casa e especialmente a sala de estar, como espaços abertos de compartilhamento e lugares de encontro. Esta é a nossa forma de fazer morar Deus no nosso cotidiano do lar. Se Deus vem ao nosso encontro através dos outros porque não acolhê-Lo sempre, não buscá-Lo sempre, não recebê-Lo sempre em nossa casa? Para nós sempre foi importante fazer entrar em nosso ambiente privado não somente o amigo de sempre mas também o hóspede de passagem que nos traz seu mundo, sua história e sua cultura; para nós tem um significado particular “abrir portas e janelas” para fazer entrar no privado o público, no individual o coletivo.
Deus habita a nossa casa porque rezamos para Ele juntos com os amigos das ENS e juntos O procuramos engajados numa pesquisa compartilhada, fazemo-Lo sentar à mesa conosco quando antes de uma refeição em amizade nos lembramos d’Ele. Anos atrás todos pensavam que a televisão fosse o instrumento capaz de nos abrir uma janela para o mundo, parecia, de fato, que em nossas realidades familiares somente este objeto pudesse executar a função de colocar-nos em contato com o mundo exterior. Hoje a melhor coisa a fazer é deixar apagado o máximo possível este instrumento de falsa comunicação que não nos traz mais o mundo na sua realidade mas o esconde atrás uma folha de papelão colorido, e utilizar o tempo para uma reflexão cada vez mais atenta e comparada com a dos outros sobre as coisas que acontecem à nossa volta. Hoje a coisa melhor é sentar ao redor de uma mesa e procurar ler e entender, no olhar do outro, a história que se realiza todos os dias à nossa volta.

A cozinha, a nossa cozinha
A cozinha é um dos lugares da casa que talvez tenha sofrido no tempo as maiores transformações em termos de organização e de espaço. Uma vez era o lugar no qual existia a lareira, quem não se lembra das casas dos avós? Muitas vezes estas tinham uma grande lareira que esquentava todo o ambiente e na qual se cozinhava diretamente sobre o fogo. A convivência no mesmo quarto trazia um clima familiar quente, no qual não havia um espaço individual, e tudo era de todos. Hoje, talvez devêssemos dizer que, lamentavelmente, as nossas cozinhas se reduziram ao essencial, se cozinha sobre as chapas de cozimento e no forno elétrico, e, em algumas situações, se chega também à eliminação da cozinha propriamente dita para transformá-la num canto para cozinhar.
Entrar na cozinha e compartilhar as inúmeras sensações que oferece, é uma experiência que permite viver de forma mais consciente um lugar da casa que representa o calor, o contato com o concreto, o núcleo de uma casa viva, que na cozinha exprime a ligação entre alimento e vida no cotidiano. A cozinha, de fato, assim como os nossos dias, os nossos gestos e as nossas palavras, é um lugar de transformação onde nada pode permanecer igual; pensemos, por exemplo, no trabalho do fogo: graças a ele as coisas chegam cruas, como a natureza as produziu, e saem diferentes, de acordo com as exigências do prazer. O que é duro deve ser amaciado; os aromas e os sabores que estão aprisionados devem revelar-se: cozinhar é como dar o beijo mágico das fábulas que desperta o prazer adormecido. Não é isso que acontece na vida? Não é isso que um casal deve testemunhar para ser evangelizador: transformar as coisas com o fogo do amor…? O advento da sociedade tecnológica levou a uma rápida evolução não só dos aparelhos eletrônicos e dos eletrodomésticos, mas também no tempo gasto para cozinhar. O cozimento em fogo lento, que requer tempos longos e muita atenção, foi aos poucos substituído pelo pré-cozido e pelo congelado já pronto, no qual se perdem e se confundem as características peculiares para se chegar a uma comida homogênea e sem personalidade, igual em todos os lugares do mundo. Cozinhar em fogo lento significa ter tempo para gastar sem pressa, deixando que o calor modifique lentamente o alimento e a sua estrutura. A metáfora é clara: muitas vezes arriscamos de não reservar o tempo que é necessário para cozinhar as nossas relações e modificá-las através do calor das relações profundas; é necessário, no entanto, estar atentos em respeitar os tempos de cozimento, os tempos de cada um: pode acontecer, de fato, que uma relação inicialmente ainda crua, seja cozida rápido demais, ou que seja esquecida no fogo a ponto de cozer demais e perder o seu sabor e, portanto, o seu significado. A cozinha é o lugar da casa onde se vive também com o nariz: o perfume do pão na mesa e do vinho bom nos fazem lembrar a última ceia, no Cântico dos Cânticos a amada reconhece o amado pelo perfume, no Qoelet se louva o comer e o beber como a coisa melhor para um homem. Existe uma espécie de “perfume de Deus” nas relações que vivemos, um perfume graças ao qual podemos nos relacionar com os outros para caminhar juntos em direção à fonte deste perfume.
“Há anos carregamos no nosso coração o valor da “teologia do café”: o casal que de manhã, assim que se levanta, se reencontra diante de uma xícara de café para bebericá-lo juntos e tendo para frente um novo dia, vive um momento de união particular que pode ser realmente lido em termos de fé. Aquele é o momento em que tudo ainda deve ter começar: os compromissos individuais, os horários freqüentemente imprevisíveis, as incumbências mais ou menos agradáveis que serão executadas durante o dia, as exigências dos outros que muitas vezes nos trazem inquietude, tudo por um instante mágico fica como que suspenso e os dois cônjuges podem até trocar um gesto de ternura, renovar no olhar a promessa de amor, rezar juntos... Nós dois amamos muito este momento precioso da manhã quando a casa ainda não ganhou vida e o cheiro do café tão peculiar e tão familiar nos esquenta enquanto as palavras que trocamos têm ainda tons baixos, as conversas não são muito articuladas e complexas mas apenas esboçadas e a troca não é somente de informação sobre os compromissos de cada um, mas dizer ao outro a respeito de seu dia para que o outro possa de alguma forma acompanhá-lo e compartilhá-lo. Às vezes o café, levado na cama, é um pequeno presente que é dado ao outro se este não tem pressa de levantar: com certeza é um presente apreciado que ajuda a começar melhor o dia porque nos sentimos imediatamente, mesmo através deste pequeno gesto, acolhidos e amados; o levantar-se juntos e o bater papo enquanto se espera que o aroma do café faça despertar a casa é um pequeno espaço da vida conjugal de um significado e valor particular. É estranho come nunca pensamos devidamente na importância que tem na vida de todos os dias a linguagem dos sentidos; talvez seja melhor dizer que não temos, particularmente, noção do valor do olfato, considerado, de forma errada, relativamente secundário em relação aos outros sentidos. Temos certeza, no entanto, que uma casa sem cheiros seria muito fria, um pouco asséptica e certamente pouco acolhedora; também os cheiros da cozinha, frequentemente mantidos “sob controle” para não invadir em demasia os outros quartos, na realidade dão alegria e segurança: são o sinal de uma realidade familiar presente e viva, são o sinal de quem trabalha para você que fica fora de casa, são o sinal concreto de um anúncio da alegria de encontrar-se com os outros, com os filhos, os amigos... ”

O quarto de dormir, o nosso quarto de dormir
O quarto de dormir é um quarto central, misterioso, rico como poucos outros de conteúdos metafóricos. Outros espaços da casa nos falam da família que ali vive, de sua história, de suas escolhas, mas o quarto de dormir do casal remete ao âmago da realidade que está na origem da família: o casal. Aqui o casal testemunha a si mesmo o amor de Deus.
Este quarto tem um simbolismo extremamente rico: é o lugar onde se celebra a liturgia do desvelamento: isto é do encontro com o outro que se revela no tempo da vida conjugal, do conhecimento profundo que se torna comunhão, da nudez acolhida pelo amor, da alteridade mais irredutível que se torna riqueza para os dois e se remete ao totalmente Outro.
«E descobriram que estavam nus » (Gn 3,7). A criação estará finalmente completada quando o homem não se assustará mais por estar nu. Na vida de cada homem, ser capaz de desnudar-se, de ser autêntico, de não vestir máscaras, é possível só depois de um caminho de amadurecimento que nasce da experiência de sermos acolhidos plenamente por aquilo que somos, sem reservas, sem esforço.
Sentir-se plenamente acolhido pelo parceiro nos dá uma identidade certa, estável, madura, que não precisa de camuflagens; permite enfrentar a vida sem vestir máscaras, ser autênticos, ir ao encontro do outro, tornar-se dom para ele.
O quarto de dormir é o lugar onde se cumpre a vida teologal dos cônjuges: onde nos levantamos amparados pela esperança, nos deitamos para exprimir um amor total, nos abandonamos, com uma confiança sem reservas nos braços do outro, ao sono e ao sonho; este quarto é como uma metáfora do mistério da vida, dada e recebida, da manifestação de um Deus que decidiu se encarnar e se fazer comunhão. É o quarto da vida mais íntima de um casal, aquela que se realiza através da relação sexual, relação que, em todo casal, tem uma formidável potência cognitiva, porque é a forma mais intima e intensa de dialogo, é premissa à comunhão completa. Isto não significa que a sexualidade deva ser a única forma de comunicação, nem que a harmonia sexual possa prescindir do diálogo do casal, que consiste, em primo lugar, de comunicação verbal, de projeto formulado conjuntamente. Mas no casal entrosado o encontro dos corpos significa a totalidade do dom, sentir prazer em doá-lo ao outro, expor-se na mais desarmante nudez, oferecer toda a própria fraqueza ao outro para que a cubra com o seu amor, conhecer o outro em profundidade, penetrar em seu mistério, entrar em seu mesmo comprimento de onda, registrar uma sintonia profunda, fazer de duas histórias, de duas individualidades, de duas personalidades, de dois corpos que se descobrem complementares porque diferentes, uma entidade de relacionamento única, uma só carne. O encontro sexual é a perfeita imagem da comunhão do casal: um fazer a unidade sem assimilar o outro, receber do outro o que nos falta, possuí-lo doando-se, encontrar a si mesmo perdendo-se.
A noite no quarto do casal é nudez real e simbólica, abandono confiante em quem dorme a seu lado e fé na força positiva da vida, mas isto só é possível se a noite chega após um dia de harmonia. Caso contrário o quarto de dormir fica imbuído de saudades, ansiedades, remorsos, já que é freqüentemente testemunha do encontro e do confronto entre a abordagem da vida «masculina» e «feminina», às vezes tão difícil de conciliar e de tornar complementar e recíproca... O cônjuge que dorme ao seu lado pode se tornar assim o sinal de um compartilhamento imperfeito, incompleto, que talvez tenha procurado dar uma explicação, uma interpretação, às suas ansiedades mas não tem sido capaz de assumi-las emotivamente.
A noite se torna sintonia plena, entendimento perfeito, abandono mútuo, só quando o compartilhamento é, ao mesmo tempo, a construção racional de um projeto de vida e a co-participação emocional das alegrias e das ansiedades do dia.
“Uma característica que marcou desde cedo o nosso relacionamento sexual foi a clareza e a sinceridade: nunca fizemos amor contra a vontade, não lembramos de ter feito alguma vez amor para agradar o outro e muito menos por dever, e isto às vezes teve como conseqüência receber alguns “não”, deixar desatendidos os desejos, mas que alegria pensar hoje que toda vez que fizemos amor fomos levados pelo sim mais profundo, pelo desejo mais verdadeiro e recíproco, pelo mais completo oferecimento ao outro no desejo do outro. Aquele ser tomado pela Vida em seu instinto mais vital e pela Vida em seu espírito mais alto, é o que se experimenta no amor entre um homem e uma mulher. A experiência do encontro sexual é também experiência de criação no verdadeiro sentido da palavra porque experimentamos como uma positiva realidade de amor vivido seja fonte de energia e gere novos espaços de vida. Compreendemos e, sobretudo, acreditamos intensamente que, quando realizamos na forma mais plena o encontro de amor, no mesmo momento realizamos também aquela unidade de humanidade que Deus quis complementar no homem e na mulher, que somos realmente imagem de Deus porque exprimimos na nossa relação mais profunda a relação trinitária de Deus Pai, Filho e Espírito, que somos a realidade mais verdadeira, terrena e concreta da imagem misteriosa da natureza humana e divina de Deus
Mas a vida, se for realmente vivida plenamente, deve poder experimentar também a dor, a solidão, a aridez de certos momentos, e na privacidade do nosso quarto reencontramos o espaço adequado para retornarmos a nós mesmos, para retomar o fio dos pensamentos, para procurar na reflexão silenciosa ou conjugal sobre a Palavra a resposta que não encontramos em outros lugares. A solidão não tem somente a cara do desespero, mas também da procura de nós e de nossa interioridade, e somente um canto privado da casa pode nos dar de presente esta experiência de procurar e encontrar a si mesmo. A solidão que procuramos na privacidade do nosso quarto é também manifestar a cura para nós mesmos. De qualquer forma, nos amamos porque nos damos de presente aquilo de que necessitamos: um pouco de silêncio, um diálogo interior, um descanso. A dor pode encontrar conforto no calor tépido que te acolhe, de um cobertor que te cobre, na penumbra que te protege da luz muito forte, que te fala de uma realidade não aceitável naquele momento. Sim, a cama pode representar o abrigo momentâneo no ventre materno onde procurar segurança e retomar energias diante de dificuldades que nos parecem muito árduas, uma pequena regressão que exprime o justo desejo de voltar, de vez em quando, a ser crianças e experimentar não somente a insegurança dos pequenos, mas também o desejo de ser amados e acolhidos, para aprender a amar e a acolher. A consciência de sentir-se fracos e precisar de ajuda nos permite entender quem é fraco e precisa de ajuda.

O banheiro, o nosso banheiro
Nunca como nestes últimos anos assistimos à difusão de um cuidado especial para o banheiro seja em suas peças fixas como em seus conteúdos. Proporcionalmente, também a despesa relativa a produtos para o nosso corpo tornou-se uma voz consistente no orçamento familiar. Estes cuidados com a limpeza e esta cura do corpo são apenas o fruto de uma maior “civilização” ou uma necessidade de “mimar” o nosso corpo com perfumes e cremes e de “esquentá-lo” enquanto sentimos ao nosso redor uma maior “frieza” relacional dada pelo individualismo cada vez mais dominante?
Antigamente, na civilização romana, por exemplo, o banheiro era um lugar de relação (as termas, os banhos públicos), hoje é impensável algo parecido, aliás, diante de uma liberdade sexual cada vez maior, sentimos quase vergonha se alguém inadvertidamente entra no banheiro que nós estamos ocupando… Nos despimos na praia mas não dividimos o banheiro: porque esta diferença entre as nossas nudezas? Talvez porque num lugar público, na praia, na discoteca, na rua... mostramos, ou acreditamos mostrar, a parte mais “apetecível” de nós, aquela certamente mais cuidada e controlada, enquanto no banheiro de casa, na nossa privacidade, somos como somos, na nossa verdadeira nudez e pobreza… Então, talvez devamos, mais uma vez, refletir que simplesmente temos medo de nos mostrar como realmente somos... E este constrangimento, se realmente o vivemos desta forma, não pode não se estender também ao relacionamento com o nosso cônjuge com o qual talvez tenhamos dificuldade em nos mostrar nas nossas nudezas e pobrezas.
Entrar no banheiro muitas vezes é o desejo de afastar-nos de tudo, é reencontrar um espaço só para nós mesmos, é talvez a necessidade de tomar distância de tudo e de todos. Fechar a porta à chave em alguns casos nos dá uma sensação de abrigo; quem sabe se é apenas a vontade de “estar em paz” ou sentimos que alguma outra exigência nos leva a querer ficar sós?
Muitas vezes no banheiro, sozinhos, nos olhamos no espelho não tanto para nos avaliar esteticamente mas para nos interrogar. Olhar-nos nos olhos e perguntar-nos “em que ponto estamos”; desta forma o banheiro se torna um lugar de procura de nós mesmos, um lugar onde lemos no espelho que está dentro de nós mesmos e não podemos trapacear porque diante daquele espelho estamos só nós.…Levantamos questões que mais nos atingem “por dentro”, nos dizemos as coisas que somos capazes de confessar somente a nós mesmos, quando estamos a sós e os nossos olhos nos enviam as perguntas que a nossa boca talvez não seja capaz de formular abertamente. É fazer um balanço, um resumo da própria vida, um olhar para Deus e colocar-se à sua presença para julgar-se, mas também um perdoar-se, um acolher-se de novo, um reencontrar as forças para tentar retomar o caminho.
A água que no banheiro, como na cozinha, enche este lugar é, mais ainda, o símbolo de um fluir da vida que traz consigo dor e amor, acolhida e perdão. Desejo de se fazerem novos e de renascer toda vez de uma maneira nova.
“Estamos cientes que o nosso corpo fala tanto quanto a nossa boca e que, de fato, vivemos uma estrita correlação entre intimidade, afetividade e corporalidade. Se estamos bem conosco mesmos e com o mundo que nos rodeia, o nosso corpo se distende, se abre a gestos de acolhida e, quando estamos em dificuldade relacional ou vivemos uma situação de fechamento , manifestamos também uma rigidez corporal como defesa. As barreiras levantadas pelo próprio corpo, mesmo invisíveis são muito resistentes e só uma igualmente forte capacidade de calor e de emotividade afetiva consegue conduzir devagar de volta à distensão positiva que significa abertura à relação. Às vezes sentimos a necessidade de estar a sós conosco mesmos porque é necessário fazer as contas com o próprio eu diante de certas posições a serem assumidas, ou de certas decisões a serem tomadas, quando o outro que está a seu lado pode ser companheiro mas não pode substituir-se nas escolhas que você fez… Outras vezes, porém, o banheiro é também o lugar onde nos abrigamos para buscar conforto para uma dor tão grande que parece que não possa ser compartilhada; ali, no banheiro se pode chorar e depois enxaguar o rosto e, após tê-lo regenerado com água fresca, se procura retomar o caminho, e a porta que se abre de novo significa “estamos prontos para recomeçar...”

O porão, o nosso porão
A vida de cada dia nos leva a correr atrás de compromissos e de necessidades e muitas vezes não nos sobra tempo para uma justa e oportuna reflexão sobre as coisas e as experiências, mesmo sabendo que, cientes ou não, tudo vem atrás de nós, e que nada daquilo que vivemos é perdido. E isso ocorre também se e quando a memória parece não ser nossa amiga, também se e quando nos ofusca e confunde as lembranças que a custo conseguimos distinguir, também se e quando parece jogar de esconde-esconde com o nosso coração fazendo pular viva e vital diante de nossos olhos uma voz ou um rosto que acreditávamos perdido para sempre.
A vida de hoje, com os seus tempos tão rápidos e prementes, parece nos querer obrigar a proceder sem nunca dirigir o olhar para o passado, com o corpo e com a mente constantemente projetados para frente: para frente para fazer, construir, realizar, afirmar, se tornar.. Sem nenhuma dúvida é por si só positivo caminhar na vida serenamente voltados para frente, com vontade de projetar todo dia novas modalidades do ser e novos espaços de criatividade, mas seria um grande erro pensar em abrir mão do que foi e do que fomos, pensar em poder privar a mente da reflexão consciente a respeito do percurso feito, dos caminhos percorridos, das trilhas procuradas e não encontradas, e seria um erro ainda mais grave pensar em poder privar o coração da experiência forte do “sentir-se vivos” que pode nascer de uma emoção profunda trazida por uma lembrança longínqua.
O porão, real ou simbólico, é o lugar da memória tangível, lá onde se colocam objetos que aos poucos não servem mais ao nosso presente, mas dos quais sentimos que não podemos desfazer-nos porque estão muito carregados de significado e de valor, é o lugar que visitamos de vez em quando, impelidos por uma exigência concreta, mas também solicitados pelo desejo de afastar-nos do presente para reencontrar antigas emoções ou para reviver sensações que pertencem somente a nós. Não são todas as casas que têm um porão real, mas cada casa esconde um pequeno porão, uma gaveta, um canto de armário, um mezanino obtido pelo rebaixamento de um forro ou, de forma ainda mais essencial, uma mala ou uma caixa de papelão capaz de conter a bagagem das lembranças, o fio da memória, as raízes de cada história. Às vezes, realmente, vamos mexer nas coisas velhas não para buscar algo específico, mas só pelo desejo de passear entre objetos que não fazem parte do nosso cotidiano, mas que têm ainda para nós e dentro de nós um forte significado. São coisas que nos fazem voltar no tempo, trazendo para a memória momentos ou episódios distantes que conservam ainda todo o poder de uma emoção profunda que nos toma totalmente num instante, anulando qualquer distância.
Na realidade nem precisamos ter também um porão real no qual ir procurar coisas ou objetos que nos conduzam atrás no tempo: carregamos o porão secreto dentro de nós, num canto da nossa mente, no espaço profundo do nosso coração, lá onde tudo o que se viveu está presente, onde talvez algumas situações, algumas experiências, algumas sensações estejam apenas colocadas na sombra, prontas a reencontrar toda a sua força emocional impetuosa se somente uma palavra, um gesto, uma lembrança venha a lhes devolver luz e vida. O porão de cada homem é o lugar escondido que contém a bagagem de cada vida.
O que há de inexistente mas real no nosso porão? Muitíssimas coisas, muitíssimas pessoas, muitíssimos acontecimentos que construíram os nossos trinta e mais anos de casamento, tem algumas figuras importantes como aquelas dos nossos pais com os quais mantivemos relações diferentes no tempo, às vezes conflitantes e depois cada vez mais serenas, surgem rostos de um avô e de um tio particularmente amados e que consideramos fundamentais para a nossa formação, rostos de amigos que não estão mais entre nós, mas que sentimos fortemente presentes ao nosso lado. E, depois, estamos nós com as palavras que nos dissemos nos anos, com os gestos de acolhida, de confronto, de perdão e de amor que doamos um ao outro.
Somos um casal com muitos anos de casamento e um caminho tão longo não pode ser sem obstáculos e assim foi também para nós: ao lado dos dias de amor e de entusiasmo vivemos também os dias de decepção, de solidão, de sofrimento e de dor; contudo hoje conseguimos dizer “obrigado” também por estes dias porque é a experiência da alegria e da dor que permite crescer sempre mais em "humanidade". A nossa vida de casal foi e ainda é toda uma sucessão de ir e vir ao encontro e de encontro ao outro, uma sucessão de sentimentos que, às vezes, nos fazem convergir e outras vezes parecem que nos fazem afastar... Queremos referir-nos a todos aqueles momentos em que prevaleceu o egoísmo em nossa vida, o desejo da própria afirmação, a fraqueza e o cansaço, momentos gerados por nós mesmos quando estivemos muito cansados para dedicar as nossas energias em favor do outro, quando estivemos muito fracos e pobres para renunciar à tentação sempre presente de nos sobrepor ao outro, quando estivemos muito ocupados conosco mesmos para perceber que estávamos esquecendo o outro e suas necessidades. Mas não existem coisas que não nos perdoamos, não temos rancores se agitando nos antros cavernosos da nossa mente, temos, porém, ainda coisas para nos perguntar e coisas que esperamos um do outro. Zonas de sombra que ainda esperam a luz, uma luz que nos ajude a tornar mais claros certos cantos, que nos permita colocar em foco certos pensamentos e certos sentimentos que ainda moram em nossa intimidade de forma desordenada ou, talvez, desfocada, ou escondida. Uma luz capaz de iluminar a escuridão: pode ser o raio de sol que se infiltra na atmosfera obscura do lugar, pode ser a mão que encontramos pronta a acolher-nos e a sustentar-nos no nosso avançar às vezes um pouco às cegas, pode ser a Palavra de Deus Pai que chega de repente para nos abrir caminhos e trilhas, também entre as coisas, os objetos, as lembranças, os sentimentos, que, sozinhos, não havíamos conseguido vislumbrar...

Iluminar as zonas de sombra da nossa vida significa buscar a orientação da Luz de Deus, significa, concretamente, continuar a se mover entre as coisas do mundo, entre as coisas dos homens, inclusive na escuridão do porão ou na escuridão de alguns dias e de alguns momentos, certos de que estamos nos movendo entre as coisas de Deus, significa ter a consciência que quando dirigimos a Deus a oração “de nos fazer morar todos os dias de nossa vida na casa do Senhor...” (salmo 27), na realidade é o que já nos foi dado, mesmo que não sempre nos lembramos, e continuamos a pensar, como quando éramos crianças, que ”Deus é o Ser perfeitíssimo que está no Céu, na terra e em todo lugar” e assim dizendo O tornamos invisível e desencarnado da vida cotidiana, da história das pequenas histórias, do coração de todos aqueles que vivem ao nosso lado.
Se é Luz do mundo, ou melhor, já que é a Luz do mundo, o nosso Deus, aquele que se fez Homem por nós, deve ser Luz também no nosso quarto de dormir para dar profundidade divina ao nosso unir-nos conjugal, nas nossas salas de estar para impregnar de sua sabedoria os nossos discursos que orientam nossas escolhas, nas nossas cozinhas para ensinar-nos a compartilhar a alegria do alimento preparado, oferecido e saboreado juntos, nas nossas varandas para iluminar os rostos de quem corre o risco de passar pela rua indiferente e despercebido aos nossos olhos, nos nossos sótãos para fazer resplandecer de um significado novo todas as coisas vividas com dor ou com amor, mas que não devem ser esquecidas.
Se a evangelização é entregue por Deus às nossas pobres vidas, se a oração é realmente abandono entre os braços do Pai: n’Ele depositamos as nossas esperanças, n’Ele colocamos as nossas dores e as nossas preocupações, com Ele conseguimos olhar o amanhã dos nossos dias também quando a fadiga cotidiana deixa nosso olhar baixo e incapaz de levantar-se em direção a horizontes mais amplos e luminosos. Este é o único modo que a vida nos ensinou para procurar ser um casal cristão, célula de evangelização e mensageiros do amor de Deus para a humanidade. Isso é o que quisemos compartilhar com vocês hoje para que as suas casas sejam habitadas pelo amor de Deus e possam doar, a quem nelas entrar, o respiro e o perfume do amor de Deus: que as nossas casas tenham sempre este espaço de oração que se faz vida e de vida cotidiana que se faz sacramento de Deus.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

8 dias Pós Encontro Nacional



PALESTRA DO PE. FLÁVIO CAVALCA

O Pe. Flávio Cavalca foi muito feliz ao preparar e transmitir esta palestra. Ele foi iluminado ao selecionar estes trechos da história do Movimento, que precisam ficar guardados nos anais e serem consultados permanentemente. A história precisa estar ao alcance de todos os casais que forem chegando às ENS para que a essência seja preservada e todos conheçam a importância de sua pertença ao movimento e se coloquem disponíveis para serem instrumentos para o que Deus quiser falar em cada etapa de nossas vidas.
Agora "reescutando" a palestra ao relê-la neste blog damos graças a Deus por este instrumento estar disponível a todos que quiserem melhor compreender esta história de amor escrita por Caffarel, Nancy e Pedro Moncau, Flávio Cavalca e tantos outros.
Sugerimos que em cada Região e em cada Setor das ENS a história seja preservada e dada ao conhecimento das novas gerações.

Louvado seja Deus!
Elsa Maria e Renato Botaro
Equipe 6-E - Brasília – DF


Reproduzimos a palestra no final deste Blog.


Um giro por Santa Catarina


MUITO OBRIGADO POR TODAS AS MENSAGENS REMETIDAS NO BLOG!
FORAM DE MUITO VALOR PARA TODOS NÓS.
SAIMOS DE FLORIPA E VIEMOS A POA PEGAR O FILHÃO E FOMOS COROAR O BELÍSSIMO II ENCONTRO,EM GRAMADO E CANELA, ONDE TIVEMOS A OPORTUNIDADE DE REENCONTRAR - SEM PLANEJAMENTO, ALGUNS EQUIPISTAS, TANTO DA BAHIA, COMO DE BR -DF, COMO DO NORTE E NORDESTE.
OBRIGADO POR TUDO!
SIL E MARTINS SSA BA


Um agradecimento
Caros Amigos

Obrigado pelo monte de boa informação disponibilizada no blog!
Tem tanta coisa boa além de boas fotos .

Só nós fomos da equipe 5-C São Paulo Capital-2, mas como todos se interessaram muito pelo encontro fiz um levantamento das homilias e palestras do blog que pessoalmente achei mais importantes, para as imprimir e distribuir pelos de nossa equipe, inclusive para o CE que não usa computador
Para facilitar a impressão mudei a formatação e agora achei que está mais fácil para ler.

Para a eventualidade de mais alguém vos ter pedido esses arquivos em word, estou a enviá-los aqui em anexo.
obs: salvei estes arquivos no micro de casa em que a versão do word é digamos... deficiente. Se vcs acharem importante posso regravar em outro computador onde tenho uma licença oficial da Microsoft

Seria possível que vcs também publicassem a palestra do casal que falou sobre a "Oração Conjugal"? Achei muito importante reler esse tema mas não tomei notas supondo que viesse a ser publicada...
E a Homilia proferida por um Bispo, no dia 16Jul, já depois de ter encerrado a "Abertura Cívica", em seguida ao Evangelho lido na "Abertura Religiosa"!

Fiz quase 400 fotos no encontro e na ilha, alguma muito boas, mas não sei como as posso disponibilizar para eventuais interessados... nosso e-mail é :lm_sarmento@hotmail.com

Sonia e Luis Manuel Sarmento




Só amor no Encontro Nacional

Queridos irmãos em CRISTO E MARIA.
Demos graças ao SENHOR pelas maravilhas que opera na FAMÍLIA.
Participamos com muita alegria do segundo encontro nacional das ENS, não temos palavras para uma análise que diga tudo, o encontro foi graça de DEUS para nós que fazemos parte desta familia tão amada por ELE. Desde a organização, as comissões de trabalhos, as belíssimas liturgias e palestras que nos fizeram gerar lágrimas pelos filhos, os testemunhos dos casais, enfim......se tudo for analizado temos que dar que nota?? DEUS dará a nota final, pois a nossa nota é muito pequena para um grande evento tão bem realizado sobre a proteção de MARIA e o EPÍRITO SANTO como o grande protagonista. Novas amizades fizemos e trouxemos saudades de todos e de tudo. Agradeçamos à DEUS para que possamos nos colocar a serviço porque é muito bom cantar, o dificil é realizar: EU E MINHA CASA SERVIREMOS O SENHOR, mas com a oração tudo alcançaremos. Iniciemos nova etapa pelo ENCONTRO INTERNACIONAL, em oração nos colocaremos para que haja sempre a graça de DEUS na FAMILIA que tanto necessita de proteção.
Com o nosso MUITO OBRIGADO à TODOS, nos colocamos ao inteiro dispor em Belém (PA).
Nazareth e José
E 2 - B Região Norte 2 - Provincia Norte




Momentos maravilhosos

Queridos amigos, que saudades, vivemos momentos maravilhosos!!! Um grande abraço aos amigos de Floripa que nos acolheram como irmãos, a cidade de vocês, as pessoas, enfim tudo foi maravilhoso, vamos guardar em nossos corações e em nossa lembrança todos os momentos vividos, até mesmo o friooooooooo(ufa), que Deus os abençoe sempre e até breve.... Beijos a todos e obrigada pela acolhida e pela amizade.

Maria José e Nonato
Equipe 15 Nsa do Carmo
Manaus – Amazonas




Momentos únicos....

Eu vivi Momentos únicos, essa estória está marcada pela vivência da alegria, da partilha, do encontro com amigos e com a criação de novas amizades.Como foi lindo poder viver tudo isto, como foi importante.Diante de tudo o que aconteceu, nos perguntamos onde estava o nosso coração. "estava em Deus", pois a presença dele era constante, a palestra do Casal Volpini foi muito rica, maravilhosa, onde não podemos perder o "perfume de Deus" em nossa vida, e lá tinha o perfume de Deus, no olhar, no sorriso de um amigo Equipista que não te conhecia, sem sabia de onde você era, mas era como se conhecesse a muito tempo, diante do enorme carinho. Quando estive num canto do Centro Sul, onde o Casal Volpini chegou para tomar um café, lhes dei o parabéns e pude testemunhar: tenho 17 anos de casado e no meu banheiro "ainda tomo banho de roupa". Tenho que me desnudar por completo.Quando nos procuramos querer crescer em Cristo, querer vivenciar este perfume de Deus em nossa vida, tudo se torna menor, o cansaço, a comida, o transporte, enfim tudo apenas é parte, o mais importante você se alimentou, a palavra de DEUS.Tanto nas palestras como também nos testemunhos de vida. Maristela e Márcio, que benção, chorei, chorei e hoje a muito e muito casais amigos que também não tem filhos e não conseguem uma gravides, quando vou contar o testemunho, começo a chorar, pois é milagre de DEUS e é lindo.Maristela ao adotar Laura, recém-nascida, coloca-a no peito e desce leito, durante nove meses amamentou sua filha adotiva. Viver este testemunho ao vivo, foi muito lindo.Foi uma benção de Deus este 2º Encontro Nacional, espero também poder contar com a graça de poder participar do Internacional no Brasil e também se preparar para o III Encontro Nacional.Floripa Obrigado. Postado no Comentários do Blog.




Agradecimento e reconhecimento às Equipes de Serviço.....


Prezados amigos Sílvia e Glauco e a todos os participantes desta grande obra de amor a Deus, ao Movimento e à Igreja:


Paz e bem! Recomeçamos hoje a nossa atividade normal e, como primeiro ato, desejamos manifestar a todos os membros da Equipe de Serviço do 2º Encontro Nacional a nossa gratidão pelo bem que realizaram a tantos casais, a tantas famílias, a tantos Conselheiros e Acompanhadores Espirituais, a Igreja e à sociedade. Esse bem, fruto do amor de Deus por nós, irá além das nossas equipes de base e certamente transcenderá o nosso Movimento. Depois de ter sido sede do primeiro Setor instalado fora de São Paulo, depois de ter sido foco irradiador do Movimento para o Sul do País, depois de acolher a visita do Padre Caffarel em 1972, agora Florianópolis realiza o 2º Encontro Nacional. Este Encontro será um novo marco na história das Equipes de Nossa Senhora no Brasil e em Florianópolis, pois além de uma profunda mensagem de amor que marcará as nossas vidas, deixará também sinais perenes do nosso compromisso de filhos de Deus: a pedra abençoada pelo Santo Padre e a casa.. Queremos destacar também que fizemos na composição desta Equipe de Trabalho, uma primeira experiência para realizarmos o Encontro Internacional no Brasil ao contarmos nela com auxílio de equipistas de outras regiões SC II, SP-Sul II e RS I, a quem estendemos a nossa gratidão pelo desprendimento .e amor ao Movimento. A todos que vivemos este Encontro numa equipe de serviço, incluímos aqui também a Equipe da SR que participou de todo o discernimento sobre a estruturação doe Encontro e aos nossos tradutores, que para além dos acertos e desacertos que tivemos, para além das horas indormidas e das tarefas que realizamos, para além das decepções e da alegria que experimentamos, Deus concedeu uma oportunidade ímpar para alargarmos o nosso coração. Não nos referimos aqui às tarefas que realizamos, que não foram poucas, mas à oportunidade de colocarmos os dons que Ele próprio nos deu a serviço dos outros, de oferecermos o nossa alegria, as nossas limitações, o nosso cansaço... Essa oportunidade de nos amarmos como Ele nos ama, que se deve à Sua presença e ao mesmo tempo O faz presente, nos torna uma comunidade viva e fecunda de casais. Que todos nós, animados pelo Espírito de Amor possamos dizer como Josué "Eu e minha casa serviremos ao Senhor!" (Js 24, 15) Obrigado a todos !


Graça e Roberto



A MENSAGEM DE HENRI CAFFAREL PARA AS ENS DO BRASIL
Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista.

Pe. Henri Caffarel foi um enviado de Deus para os casais, para ajudá-los na procura da santidade.
Viveu num momento histórico, quando renascia a reflexão sobre a vida de Igreja e o sentido do matrimônio[1]. E teve contato pessoal com pioneiros na renovação da pastoral familiar e juvenil.[2] Desde logo, porém, apontou as características de sua teologia do matrimônio, afirmando que a diferença sexual é estrutura fundamental do ser humano, que o amor humano e o casamento têm lugar privilegiado na história da salvação, e que a mística matrimonial deve voltar-se mais para a vida do que para a moral.[3]
Pe. Caffarel, por gênio e formação, era pessoa mais prática do que teórica, e sempre procurou respostas práticas para as necessidades encontradas. Procurado por casais interessados em fazer do casamento um caminho de perfeição cristã, não lhes ofereceu resposta, mas convidou-os para que juntos a buscassem, à luz da oração e da vida, num caminho gradual de muitas descobertas. Puderam entrever o amor divino refletido no amor do casal que, vivido, é o sacramento do matrimônio. Descobriram na caridade infusa a salvação e a sublimação do amor matrimonial. Assumiram, sem ilusões, a sexualidade no seu pleno sentido humano e cristão. Avançaram pelos caminhos da espiritualidade, superando a espiritualidade individual para assumir a espiritualidade conjugal. Assumiram alegremente a missão de difundir os valores do amor e do casamento.
A serviço dos casais, Caffarel pôs uma inteligência viva, uma simpatia cativante e um estilo muito pessoal. Agora, porém, devo apresentar sinteticamente sua mensagem para os casais equipistas do Brasil. Foram eles privilegiados, podendo usufruir de um estreito e enriquecedor contato com ele, através de três visitas e muita correspondência. Vou destacar os pontos salientes de sua orientação para as equipes do Brasil.

I - Os contatos de Caffarel com o Brasil

Os primeiros contatos
Tudo começou de modo inesperado, muito além dos planos de Caffarel, para quem o Brasil certamente, bien là bas, pouco significava. Nos planos de Deus, porém, do outro lado do Atlântico consolidava-se a cabeceira de uma ponte: o casal Nancy e Pedro Moncau que, havia mais tempo, estava em busca de um aprofundamento para seu matrimônio.
Em novembro de 1949, em S. Paulo, um grupo de casais ouvia uma palestra sobre família. No final, o domicano Pe. Desmarais disse que tinha conhecido na França os “Grupos de Casais do Pe. Henri Caffarel”. Logo no dia 30 Pedro Moncau escreveu para Caffarel, pedindo-lhe informações sobre sua proposta para a espiritualidade conjugal. Em dezembro Caffarel respondeu, dizendo que os grupos de casais por ele orientados “têm o objetivo essencial de ajudar os casais a tender para a santidade, nem mais nem menos”. E providencia que se remeta para o Brasil a documentação básica sobre a proposta. Deve ter logo depositado grande esperança em Pedro e Nancy, porque escreve: “Se tiver tempo de tomar conhecimento desses documentos e interessar-se por eles, ficarei pessoalmente muito feliz em conhecer sua opinião. Não hesite em escrever-me e colocar-me a par de seu modo de pensar. Não receio as contradições e desejo vivamente receber sugestões úteis.”
A reação de Pedro foi imediata: “Era isso que eu há tanto tempo procurava!”. Nancy e o grupo de casais não foram menos entusiastas. Em 13 de maio de 1950 reuniu-se a primeira equipe do Brasil. Pedro e Nancy foram eleitos como casal responsável pela equipe. Ao comunicar o fato a Caffarel, são surpreendidos por ele: não serão responsáveis apenas por essa equipe, mas pelo desenvolvimento das Equipes de N. Senhora em todo o Brasil! Insistia, porém, Caffarel: “Permita-me, entretanto, que o aconselhe a não iniciar senão com casais muito desejosos de compreender as exigências de sua fé e de vivê-las melhor. Vale mais ter menos equipes em uma região, mas que elas sejam portadoras de uma imagem muito pura.”

As visitas ao Brasil
Por três vezes Pe. Caffarel visitou o Brasil. Basta ler os testemunhos de D. Nancy e de muitos outros para perceber o impacto causado por sua presença e por suas palavras.
Primeira visita, de 5 a 9 de julho de 1957
Havia dez equipes em S. Paulo e três no interior. Dias 6 e 7 houve reuniões de estudo e espiritualidade com um número bem reduzido de casais. O que talvez tenha decepcionado Caffarel um pouco. O dia 8 foi dedicado a encontros com os dirigentes de então. Destaco um toque de previsão nas palavras sobre a organização que deveriam providenciar: “Organizem a Equipe de Setor não para as necessidades de hoje, mas prevendo um número três a quatro vezes maior de equipes.”[4]
Depois dessa visita, Caffarel escreveu ao casal Nancy e Pedro: “É quase inacreditável verificar que, através dos oceanos e sem contato com o Centro, vocês apreenderam tão perfeitamente o espírito das Equipes e tenham realizado equipes tão autenticamente Equipes de N. Senhora. Quantas vezes, depois de minha volta de S. Paulo, depois de minha volta da América, bendisse o Senhor por isso!” (1-10-1957)
A visita trouxe novo ânimo para o Movimento. Nos seis meses seguintes surgiram oito equipes em S. Paulo e três nos outros estados, e depertou-se um comprometimento maior com os serviços a serem prestados à Igreja. Surgiram os “Círculos Familiares”, que ofereciam dois anos de conscientização para casais não equipistas, e “Cursos de Preparação para o Casamento”. Tanto que, na organização do Movimento no Brasil, se criou um departamento especial de “Ação Apostólica”.
Segunda visita, outubro-novembro de 1962
De 1º a 4 de novembro, houve em Valinhos SP uma sessão de formação para quarenta casais que exerciam responsabilidades maiores no Movimento. Essa “Formação de dirigentes” foi de importância fundamental para o futuro, tendo repercussão imediata nas equipes de base.
Conforme o testemunho de Pedro e Nancy, além das palestras e reuniões públicas, houve reuniões reservadas aos dirigentes que acabaram sendo decisivas para a caminhada das ENS. Caffarel percebeu nas equipes sintomas de fadiga e apatia. Com os dirigentes brasileiros fez-se um diagnóstico e procuram-se soluções.

Terceira visita, setembro de 1972
As equipes no Brasil já eram 350. Foram duas semanas de presença que, segundo testemunho de Nancy Moncau, foram marcantes e de influência duradoura na vida das equipes brasileiras. Houve suas Sessões de Formação, uma em Itaici (110 casais) e outra em Florianópolis (50 casais), e três Encontros Gerais com Equipistas em S. Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro.

II - Os pontos fortes de sua mensagem aos casais do Brasil

1. As ENS e as exigências do apostolado no Brasil
Logo na primeira visita ao Brasil, 1957, Caffarel precisou orientar as Equipes cada vez mais solicitadas pelas necessidades do apostolado leigo no Brasil, principalmente na pastoral voltada para os casais e as famílias.
Conforme o testemunho de Pedro Moncau, Caffarel aceita em princípio a hipótese de as Equipes de Nossa Senhora no Brasil deverem ter um apostolado familiar organizado. Considera assim que as Equipes de N. Senhora têm dois setores: um de espiritualidade, outro de ação. (...) Mas é preciso nunca esquecer que as Equipes de N. Senhora não são um movimento de ação, mas sim de aprofundamento. As Equipes formam cristãos integrais e, portanto, apóstolos”[5]
Essa decisão levou na época à criação de um Departamento de Ação Apostólica, com cursos de preparação para o casamento e os Círculos Familiares.[6]

2. As equipes são pequenas comunidades-igreja
As Equipes são e devem ser verdadeiras comunidades-igreja; nisso está sua força. Esse o tema desenvolvido numa palestra intitulada “Ecclesía”, que ainda hoje deve ser objeto de estudo e meditação. Antes de muitos, Caffarel afirmou: “Num país como o Brasil o grande problema não é tanto converter os católicos, mas formar comunidades vivas e atuantes.”[7]
Na terceira visita, em 1972, voltou ao tema: “Creio mesmo que todos os problemas atuais de "primavera renovada" da Igreja sejam resolvidos pela tentativa de suscitar em toda parte pequenas igreja (ecclesias), à imagem da primeira equipe reunida em torno de Cristo, formada por Ele e transformada pelo Pentecostes. A Igreja, nossa grande, nossa querida, nossa bem amada Igreja Católica só será salva na medida em que as massas amorfas de cristãos constituírem equipes coerentes, ao redor do Cristo, animadas pelo Espírito de Cristo. Essa é a missão das Equipes de Nossa Senhora na Igreja de hoje.”[8]

3. A responsabilidade das ENS pelo Brasil
É um ponto em que insiste já em sua primeira visita: As ENS precisam ter consciência de sua importância para o Brasil. É preciso manter fidelidade à proposta inicial, e fazer lento trabalho de expansão. Afirmava: “Eu vos conclamo a empreender e levar adiante uma ação sistemática e organizada: fundar uma equipe em todos os pontos principais do Brasil, lançar sobre vossa Pátria uma imensa rede da qual as equipes sejam os nós.”[9]
É preciso formar equipes que sejam celeiros de apóstolos, sempre a serviço da Igreja, sempre obedientes e capazes de pensar os problemas. Nunca deixar que a ação impeça a formação (oração e estudo), porque senão a ação nos perderá.
Em mensagem posterior, para o Eacre de janeiro de 1958 ele insiste: “Meu conselho é o mesmo: máximo de mística e máximo de disciplina.” “O Brasil precisa de santos. É preciso que cada um de vocês, a cada dia, procure a perfeição cristã para a qual Cristo nos convidou... É preciso que vocês se ajudem mutuamente a tender para essa perfeição”.
Conforme D. Nancy, essas palavras despertaram grande espírito missionário nas ENS. A partir daí começou a grande expansão do movimento no Brasil. Em 1957 havia 13 equipes no Brasil. Em outubro-novembro de 1962 já eram 167.
Depois da visita, em dezembro escreveu aos dirigentes: “As notícias que recebo do Brasil, depois de minha partida, causam-me muita alegria. O aumento numé­rico de suas equipes prova bem a sua irradiação. E no princípio deste novo ano peço ao Senhor nas minhas orações, não somente que suas equipes se multipli­quem, mas que sua vida interior cresça dia a dia.”[10]

4. Sinais de cansaço e apatia
Na segunda visita, em 1962, Caffarel detecta sinais de cansaço e apatia nas equipes brasileiras. Em reunião com os dirigentes locais, procura fazer um diagnóstico.[11]
Levantaram-se diversas causas:
1) Formação religiosa insuficiente de muitos casais, que não lhes permite avançar conforme as propostas do movimento. 2)Falta de Casais Ligação eficientes, falta de formação para as responsabilidades. 3) Falha no início de novas equipes, falta de espiritualidade, falha dos Casais Pilotos. 4) Situação social e econômica, exigindo trabalho exaustivo dos casais.
Caffarel aceita apenas uma explicação: equipes mal formadas, admissão de casais imaturos para a proposta equipista, com motivação puramente humana. E insiste: Há um só motivo válido para entrar nas equipes: a procura de Deus, para mais conhecê-lo e mais bem servi-lo”.[12]
Não se deixou comover pelas considerações apresentadas:
− Condições especiais do cristianismo no Brasil
− Sucesso das equipes na conversão de muitos casais.
− Número limitado de casais capazes de assumir plenamente a proposta equipista.
− Não se pode fechar as equipes para tantos casais que poderiam ser conquistados para Cristo.

Sua resposta foi taxativa: Esses casais imaturos sejam cultivados em iniciativas paralelas às equipes, durante um ano ou ano e meio, para que possam assumir um cristianismo adulto. Mesmo que isso signifique perda de várias equipes e o afastamento de muitos casais. Insistiu: “A vida do movimento no Brasil depende disso.” “Mais valem 500 equipes fortes do que 5000 medíocres”, como tinha escrito em carta de 1957 ao Pe. Corbeil.[13]

5. As ENS Movimento missionário e não de conservação
A Igreja tinha passado pelo Concílio Vaticano II, que a marcara profundamente. As equipes não poderiam deixar de ser também afetadas e provocadas. Caffarel tinha sido consultor da Comissão para o Apostolado dos Leigos, na preparação do Concílio. Promoveu entre os sete mil casais equipistas de então uma pesquisa: “O que o povo fiel espera do próximo Concílio, no campo do matrimônio?” Houve seis mil respostas, publicadas e enviadas a todos os bispos e ao Vaticano. Ainda mais, tinha acontecido também a Assembleia Episcopal Latino-americanan de Medellin.
As equipes perguntavam-se, também no Brasil, como deveriam corresponder aos novos impulsos do Espírito. Houve uma reunião de reflexão, convocada pela Ecir,[14] que apontou alguns pontos que deveriam ser enfrentados: falta alguma coisa para sustentar o avanço das equipes depois dos primeiros anos; falta de abertura para fora e de fecundidade espiritual; a direção do Movimento tem pouco contato com as bases, o que gera falta de iniciativas e consequente desinteresse; é a hora da palavra e mais ainda da ação apostólica.[15]
Numa segunda reunião formou-se uma equipe para estudar todo o assunto, equipe que promoveu uma pesquisa entre os casais e conselheiros. Esse material foi depois encaminhado ao Encontro Anual de Responsáveis Regionais e de Setor e Coordenação em Abril de 1969. Dessa reunião participaram um casal francês do Centro Diretor Internacional e o Pe. Tandonet (que iria suceder ao Pe. Caffarel). Foi nesse contexto que se deu a terceira visita do Pe. Caffarel em setembro de 1972. Não poderia deixar de procurar respostas para as inquietações vividas pelo Movimento no Brasil.
Segundo ele, a resposta estava na linha de fidelidade à inspiração original das equipes, e num esforço para corresponder às necessidades e oportunidades da nova realidade vivida pela Igreja. Quanto a isso, insistiu que “as equipes não podem ser apenas um Movimento conservador da fé: é preciso que sejam fermento. Não basta possuir o ensinamento do Mestre, é preciso possuir o Espírito de Cristo, o mesmo Espírito Santo que, no Pentecostes, transformou tímidos seguidores em testemunhas ardorosas do Senhor.”[16]
Nesse contexto, em que se fala de comprometimento missionário, de abertura dos equipistas para a ação apostólica, gostaria de lembrar a observação feita por Marcel Delpont, acompanhante de Caffarel. Pergunto-me até se não a teria feito incitado por ele. Depont faz primeiro um elogio: parabéns pela abertura para meios culturais mais modestos e para casais jovens, o que favorecerá a renovação dos quadros. Depois faz uma pergunta incômoda: “Que é feito dos “Círculos familiares”, iniciativa de apostolado familiar que tinha dado tantos frutos? Tanto mais que, depois da visita anterior, essa nova forma de apostolado familiar sido apresentada como exemplo para as equipes da Europa... (Se me perdoam, aqui faço um parêntesis para repetir agora a mesma pergunta: “Que é feito dos “Círculos Familiares”?)

6. Não desanimar os fracos
Ao mesmo tempo que se mostrava exigente na cobrança da fidelidade ao carisma, Caffarel insistia que se tivesse cuidado para não desanimar os casais que abraçam sinceramente o Movimento, mas ainda não conseguem praticar plenamente sua propostas. Conselho que não pode ser esquecido. Como também não se deve esquecer o que disse na mesma ocasião: Atenção para com os que não abraçam as propostas do movimento, mas têm até objeções contra, ou não querem progredir.

7. Espiritualidade conjugal
Depois de insistir que a famílias equipistas devem ser fontes de vocações sacerdotais, que se deve cuidar sempre da formação, e que a proposta das equipes não é apenas a prática do mínimo exigido pela moral, Caffarel toca num ponto central: “Não estou certo de que os equipistas tenham bem compreendido o que significa espiritualidade conjugal. Há grande preocupação de vida es­piritual, marido e mulher individualmente. Mas a espiritualidade conjugal é mais do que duas espiritualidades individuais vividas lado a lado. Há um misté­rio do casal que é preciso aprofundar. É fonte de graças.” [17]

8. As ENS do Brasil e o futuro
Depois de deixar a espiritualidade conjugal como o grande e final desafio às equipes do Brasil, Caffarel diz o que encontrou aqui e o que espera para o futuro: “Muita coisa vi, muita coisa aprendi e parto acreditando cada vez mais na missão das Equipes de Nossa Senhora no Brasil".[18]

III - A dívida dos casais equipistas brasileiros com Caffarel
A dívida dos casais equipistas brasileiros para com o Pe. Caffarel ficou mais que evidente no que se disse até aqui. Ele não lhes demonstrou apenas carinho e consideração. Ofereceu-lhes uma proposta-resposta para sua vida, e confiou-lhes um tesouro valioso de espiritualidade que devem fazer frutificar.
As ENS do Brasil formam o maior contingente no mundo: não é preciso salientar a responsabilidade daí resultante. Têm elas de corresponder ao dom de Deus e às expectativas do Movimento. Devem resgatar a dívida com Caffarel dando toda a contribuição que lhes for possível para o crescimento da mística das ENS.
Não podem os equipistas do Brasil esquecer o que lhes disse em setembro de 1972, num quase testamento: “Não posso, absolutamente, contentar-me em transmitir-lhes idéias prontas. As Equipes de Nossa Senhora devem ser continuamente reinventadas, e por isso é preciso que nestes três dias, nós reflitamos juntos. Não vou enunciar dogmas, vou propor temas para reflexão, o que é muito diferente. (...) Há uma grande crise na Igreja. Não devemos ser um movimento conservador, que mantém a fé na Igreja; temos de ser um fermento de renovação, se não de revolução espiritual. Se as Equipes de Nossa Senhora, depois do Concílio, não forem fermento de renovação na Igreja, serão postas de lado, para dar lugar a novos movimentos mais ousadamente revolucionários e capazes de trabalhar pelo "aggiornamento" da Igreja. (...) Essa é a questão que eu levanto. E estou certo que nem eu nem vocês podemos aceitar a idéia que as Equipes de Nossa Senhora só foram úteis durante um quarto de século. Nós queremos que elas sejam úteis para os séculos futuros, mas isso supõe que elas sejam repensadas em função dessa Igreja que precisa delas mais do que nunca.”[19]

http://2encontronacionalens.blogspot.com/2009/07/palestra-do-padre-flavio-cavalca.html


[1] M. J. Scheeben (1835-1888): Os mistérios do cristianismo. Dietrich von Hildebrand (1889-1977): O matrimônio, o mistério do amor fiel. A. Christian: Ce sacrement est grand. Témoignage d'un foyer chrétien. (1938). Ambroise-Marie Robert Carré op (1908-2004): Compangnons d’éternité. Pierre Dupouey: Lettres et essais.
[2] Ambroise-Marie Robert Carré op, Paulo Doncoeur sj, Jean Viollet
[3] Jean Allemand: Henri Caffarel, Um homem arrebatado por Deus, Ed. Das Equipes, p. 36-37.
[4] Nancy Cajado Moncau, O sentido de uma vida, Ed. Loyola, 1986, p. 137.
[5] Pedro Moncau, in Nancy Cajado Moncau, O sentido de uma vida, Ed. Loyola, 1986, p. 136.
[6] Nancy Cajado M
ncau, Equipes de Nossa Senhora no Brasil, Ensaio sobre seu histórico, S. Paulo, 2000, p. 56-57.
[7] O. c. p. 56
[8] O. c. p. 274. E continuava: “Vamos ver agora as pequenas igrejas, que são as equipes de Nossa Senhora. Temos a certeza de que não são uma reunião qualquer mas uma ecclesia, porque Jesus Cristo disse: "Se dois de vós se reunirem sobre a Terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles"(Mt 18,19).
O problema é esse. Será que nossa Equipe de Nossa Senhora é uma ecclesia, unida em torno de Cristo, que chama, que ensina, que forma e que sopra seu Espírito sobre cada um dos membros da equipe, ou é um mero círculo de estudos ou uma reunião de amigos?
Não insisto mais porque estou justamente querendo propor à vossa reflexão este ponto! Que deveremos fazer de nossa equipe para que ela se pareça mais com a equipe que Jesus reuniu em torno dele, que ele formou e trans­formou no dia de Pentecostes?
Olhando por todo o mundo, penso que uma minoria das equipes são reuniões e não pequenas ecclesias. Creio que, na grande maioria, as equipes são ecclesias, isto é, estão reunidas em redor de Cristo como os apóstolos antes da Ascensão, mas não são ecclesias de depois de Pentecostes, habitadas pelo Espírito Santo.”
[9] O. c. p. 57
[10] Nancy Cajado Moncau, O sentido de uma vida, Ed. Loyola, 1986, p. 140-141. E continuava: “
Meu conselho é o mesmo: máximo de mística e máximo de disciplina. É preciso a todo o preço que elas sejam esta sementeira onde o Senhor encontrará aqueles homens e mulheres que darão testemunho de Cristo entre seus irmãos, nos postos mais humildes, como nos mais elevados. Mas isto só acontecerá se as equipes forem verdadeiramente escolas de vida cristã, cenáculos onde os apóstolos de Cristo venham abrir seus coracões ao Espírito de Deus. O Brasil necessita de santos. É preciso que cada um de vocês, a cada dia, procure a perfeição cristã para a qual Cristo ­nos convidou, quando nos disse: "Sede perfeitos co­mo vosso Pai celeste é perfeito". É preciso que vocês se ajudem mutuamente a tender para essa perfeição. Escrevendo isso, penso no Monumento aos Bandeiran­tes, que exprime tão bem a tensão vigorosa, tenaz, paciente, encarniçada, para um fim que se quer atin­gir a todo o custo. .. Como ele, sejam bandeirantes espirituais, tendam com todas as suas forças para a perfeição cristã e sintam-se responsáveis pela cons­trução no Brasil, de uma Igreja forte e irradiante, para enfrentar um futuro que se anuncia, ao mesmo tempo, cheio de ameaças e de esperanças...”
[11] Nancy Cajado Moncau, Equipes de Nossa Senhora no Brasil, p. 81
[12] O. c. p. 82
[13] O. c. p. 82
[14] O. c. p. 104: “Em 7 de outubro de 1968 a ECIR, participando do clima reinante, envia aos Casais Responsáveis dos quatro setores de São Paulo, ao Casal Regional da Capital e ao do Rio de Janeiro, que vinha a São Paulo com freqüência, uma carta com os seguintes dizeres:
"Profundamente preocupada com a estagnação que se registra em certas equipes, o desânimo que af1ige determinados equipistas e as crises que atingem um ou outro Setor depois de vários anos de entusiasmo e progresso.
Preocupada também com a conseqüente perda de vitalidade que isto representa para o Movimento e o empobrecimento decorrente para o mesmo das numerosas defecções entre os seus melhores elementos, tanto no Brasil como em outros países.
Sentindo ao mesmo tempo a necessidade urgente de examinar o lugar e a responsabilidade do Movimento na Igreja e no mundo de hoje, face ao 'aggiornamento' pós-conciliar, face também à evolução acelerada do mundo e às regras que regem a vida dos organismos.
[15] O.c. p. 105
[16] O. c. p. 116
[17] O. c. p. 124
[18] O. c. p. 124.
[19] Nancy Cajado Moncau, o.c. p. 265-266

Dia 31 de julho é último dia do Blog. Aproveitem mandar mensagens!!!!!! Fotos!!!!!!